Ao quarto dia de campanha oficial, o setor dos transportes dominou as ações do Bloco de Esquerda. De manhã, em Miranda do Corvo, o partido sinalizou um promessa antiga que permanece guardada na gaveta: o projeto do Metro do Mondego. À tarde, nos concelhos de Almada e Seixal, serviu-se do Metro Sul do Tejo para apontar as consequências da concessão dos transportes públicos.
Foi na estação de Cacilhas que Catarina Martins e Joana Mortágua, a cabeça de lista pelo distrito de Setúbal, apanharam o metro de superfície da margem sul em direção a Corroios. Este sistema de transportes públicos, recorde-se, foi concessionado a um agrupamento privado liderado pelo Grupo Barraqueiro, o mesmo que explora os comboios Fertagus. E foi neste contexto que o Bloco criticou as Parcerias-Público-Privadas (PPP's) no setor dos transportes.
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A viagem, que começou pelas 15.30, durou cerca de 15 minutos. Sentadas lado a lado, as presenças de Catarina Martins e Joana Mortágua surpreeenderam os que usavam aquele meio de transporte. E o aparato de jornalistas, microfones e câmaras de filmar, num espaço tão reduzido, era enorme.
A porta-voz do Bloco começou por dizer que aquele metro é um bom exemplo de "porque é que os transportes públicos não devem ser PPP's".
"Aqui temos um bom exemplo de porque é que os transportes públicos não devem ser PPP's. quem vive na margem sul está farto de pagar PPP."
Pelo meio, houve tempo para falar do défice, o tema que está na ordem do dia, depois de o Instituto Nacional de Estatística ter anunciado um aumento em 7,2%. Catarina Martins foi perentória: "Hoje a campanha eleitoral da direita morreu." E já depois de os jornalistas terem terminado as questões, percebia-se que a porta-voz do Bloco e a cabeça de lista por Setúbal trocavam impressões sobre o tema.
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O metro chegava, por fim, à estação de Corroios. Aqui, Catarina Martins encontrou-se com vários bloquistas do concelho, que exibiam uma grande faixa com a frase: "Este metro é curto". Luis Cordeiro, o vereador da Câmara do Seixal, explicou à dirigente do Bloco que há zonas dos concelhos onde o metro não chega e onde as pessoas não têm, por isso, uma boa oferta de transportes.
E assim, os recados estavam dados. Tempo de seguir até Lisboa, onde a agenda se prolonga noite dentro: comício e concertos que prometem animar a capital, no Largo do Intendente.
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