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OE2022: Catarina Martins diz que Governo “tem pouca vontade” de discutir temas concretos

Líder do BE foi questionada pelos jornalistas sobre as declarações do fundador do partido, Fernando Rosas, no comício da noite anterior, em Braga, quando avisou o PS, que apelidou de “partido da bazuca”, que tem que negociar se quer ter um Orçamento do Estado.

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu hoje que o Governo socialista “tem pouca vontade” de discutir questões concretas nas negociações do Orçamento do Estado para 2022, insistindo na necessidade de debater também a lei laboral.

Na estrada para a campanha autárquica das eleições que decorrem no domingo, Catarina Martins tem-se focado as suas intervenções nas questões autárquicas, mantendo-se longe das negociações para o Orçamento do Estado para 2022.

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Hoje, no final de uma visita ao mercado de Guimarães, seguida de uma arruada pelas ruas da cidade, a líder do BE foi questionada pelos jornalistas sobre as declarações do fundador do partido, Fernando Rosas, no comício da noite anterior, em Braga, quando avisou o PS, que apelidou de “partido da bazuca”, que tem que negociar se quer ter um Orçamento do Estado.

O Bloco de Esquerda tem notado é que o Governo tem pouca vontade de discutir isto no concreto. No concreto o que é que vai acontecer a quem vive do seu trabalho, para haver mais médicos de família, para quem tem a sua pensão tão curta, para quem faz uma ginástica tão grande para conseguir pagar a renda da casa ou a prestação da casa”, criticou.

Catarina Martins começou por fazer uma nova referência às declarações que têm gerado polémica do primeiro-ministro, António Costa, que “agora compreende que o que aconteceu na Galp não devia ter acontecido”.

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E se nós queremos evitar erros e fazer justiça a quem trabalha no país, seguramente que é preciso que as questões laborais também estejam presentes na negociação do Orçamento do Estado e o que eu espero é que o PS dê esse passo para podermos negociar as questões do trabalho, as questões que defendem o emprego, no momento em que pensamos o Orçamento do Estado”, defendeu.

O BE, de acordo com a sua coordenadora, “leva muito a sério o seu mandato popular”, recordando quem, na rua, reconhece que foi o partido “que lutou pelo seu salário, pela sua pensão, pelas suas condições de vida”.

E é nessas respostas concretas à vida das pessoas que se pode construir soluções para o país e é para essas que o Bloco de Esquerda está disponível”, reiterou.

À pergunta sobre se espera maior dificuldade nestas negociações orçamentais, depois do voto contra do BE no último Orçamento do Estado, Catarina Martins respondeu, também, com uma pergunta: “alguma vez foi fácil?”

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Eu acho que a determinação, a coerência, a enorme disponibilidade para encontrar soluções em nome de quem trabalha, em nome de quem tem esta vida tão esforçada, esse é o nosso mandato popular e esse nós vamos cumpri-lo como sempre”, acrescentou.

Sobre novidades do andamento das conversas com o Governo, a coordenadora do BE repetiu uma máxima que a acompanha: “as negociações fazem-se à mesa”.

“Quando eu tiver mais alguma coisa a acrescentar, acrescentarei”, comprometeu-se.

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