O porta-voz do PS, Vitalino Canas, acusou o Bloco de Esquerda de ter práticas anti-democráticas, de intolerância e de fazer purgas internas ao cortar com o seu vereador independente da Câmara de Lisboa José Sá Fernandes.
A Assembleia Concelhia dos bloquistas da capital aprovou terça-feira à noite, por larga maioria, com seis votos contra e uma abstenção, uma resolução em que é proposto que seja «terminado» o «entendimento» com Sá Fernandes, independente eleito nas listas do BE nas autárquicas.
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«O grau de incomunicabilidade chegou ao absoluto. Isso significava a antecâmara desta ruptura», afirmou o líder da Comissão Concelhia do BE/Lisboa, o deputado Luís Fazenda.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do PS considerou a atitude do Bloco de Esquerda reveladora de «intolerância, própria de forças políticas com pensamento único».
«Estamos perante uma clara perseguição política e uma purga feita contra alguém cujo delito foi ter uma posição diferente» da linha oficial, acusou o porta-voz do PS.
Interrogado sobre uma possível inclusão no PS do ex-cabeça de lista independente do Bloco de Esquerda nas últimas eleições para a Câmara de Lisboa, Vitalino Canas referiu que essa questão «ainda não é colocada».
«Existe um acordo político [entre José Sá Fernandes e o executivo PS na Câmara de Lisboa]. Esse acordo político tem sido cumprido em prol dos cidadãos de Lisboa», declarou Vitalino Canas.
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