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Dias Loureiro recebido esta noite por Cavaco Silva

«Não há da minha parte qualquer razão que justifique o pedido de renúncia de Conselheiro de Estado», disse

O antigo ministro da Administração Interna Dias Loureiro disse à Agência Lusa que foi hoje à noite recebido pelo Presidente da República, a seu pedido, e que não vê qualquer razão que justifique a sua renúncia ao cargo de conselheiro de Estado.

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Dias Loureiro reafirmou que não cometeu «qualquer ilegalidade» na gestão do grupo da Sociedade Lusa de Negócios (SLL) de que foi administrador-executivo entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não-executivo até 2005.

Durante a audiência que teve esta noite com o Presidente, o conselheiro de Estado escolhido por Cavaco Silva declarou à Lusa que lhe comunicou «toda a verdade» acerca da sua participação na gestão do grupo SLL: «A que detalhadamente relatei à RTP».

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«Não cometi nunca nessas funções qualquer ilegalidade», reafirmou. «Sendo assim não há da minha parte qualquer razão que justifique o pedido de renúncia de Conselheiro de Estado. Não o pedirei», vincou.

Na citada entrevista à RTP, na passada sexta-feira, Dias Loureiro, garantiu que desconhecia por completo as alegadas irregularidades na Sociedade Lusa de Negócios/BPN durante o período em que foi administrador do grupo liderado por José de Oliveira e Costa.

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Disse ainda não ter tido conhecimento da existência do Banco Insular de Cabo Verde, durante o seu mandato como administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), em 2002.

«Nunca tive conhecimento nem nunca participei em nenhuma reunião em que fosse proposta ou decidida a compra do Banco Insular», afirmou na entrevista à RTP.

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O antigo governante mostrou-se ainda convencido de que o ex-presidente do BPN - que se encontra detido por suspeitas de burla, fraude fiscal e branqueamento de capitais - não terá agido para proveito próprio.

Relatou também que, em 2002, teve uma reunião com o vice-governador do Banco de Portugal, onde alertou o supervisor para a necessidade de ter especial atenção para com o BPN.

Mas, segundo o Expresso, o vice-governador do Banco de Portugal, António Marta, afirmou àquele semanário que Dias Loureiro lhe foi perguntar «por que é que o Banco de Portugal andava tão em cima do BPN» e que ele lhe respondeu que «isso tinha que ver com o facto do banco ter uma gestão pouco transparente».

Dias Loureiro, que se confessou «espantado» com as declarações de António Marta ao Expresso tem uma versão diferente desse encontro, que reiterou sábado à Lusa: «O que eu lhe fui dizer no dia 19 de Abril de 2005 às quatro da tarde foi exactamente aquilo que disse ontem aos portugueses», garantiu o antigo ministro, numa alusão à entrevista de sexta-feira à noite ao primeiro canal da RTP.

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