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Oposição «arrasa» António Costa

Oposição faz diagnóstico de inacção e ineficácia no primeiro ano de António Costa na autarquia

Ineficácia, tempo perdido, tudo na mesma: é o veredicto dos vereadores da oposição do primeiro ano de mandato de António Costa, a quem apontam a obrigação de ter feito mais.

Margarida Saavedra, vereadora do PSD, afirma que a marca de António Costa na Câmara é «um logro», argumentando que o autarca socialista criou «expectativas e esperança de mudança» que se saldou por - citando Shakespeare - «um ano de sol e de fúria, significando nada».

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«Nenhuma das medidas foi feita», afirma Margarida Saavedra, principalmente no que toca ao plano de saneamento financeiro, «lançado com grandes parangonas» e do qual António Costa fez depender a sua permanência no cargo.

«Na reabilitação urbana, não conheço uma única obra ou medida que constitua uma mais-valia», afirmou.

Carmona Rodrigues, o ex-presidente da Câmara que se demitiu no ano passado, afirma que o panorama de «caos, ruína e falência», apontado por Costa como o principal problema do seu mandato, foi «uma manobra de fachada».

«Factos são factos: vive-se normalmente e paga-se aos fornecedores porque a situação financeira não devia ser assim tão má», argumentou.

Ruben de Carvalho, do PCP, afirma que «este ano está muito próximo de ter sido mais um ano perdido» para a Câmara de Lisboa.

«O problema da situação económico-financeira, que esteve no centro da queda da Câmara, continua em rigor na mesma», afirma o vereador comunista, que considera que o plano de saneamento financeiro associado ao pedido de empréstimo «não se fez da forma mais exacta e correcta».

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A consequência, afirma, é que se «continuou a estrangular a Câmara do ponto de vista económico e financeiro».

De resto, do que foi feito com «grande pompa», como o plano da zona ribeirinha, resta «uma enorme embrulhada com o Governo central», embora Ruben de Carvalho destaque pela positiva o «acordo a que se chegou com a Administração do Porto para a devolução à cidade das áreas que já não têm fins portuários».

O positivo que se fez - alterar a posição da Câmara sobre o negócio de permuta de terrenos com a Bragaparque, defendendo em tribunal a sua nulidade - não altera o facto de estar «tudo na mesma» na reestruturação do sector empresarial da autarquia ou a integração dos funcionários em situação precária, refere Ruben de Carvalho.

Helena Roseta, o rosto mais visível dos Cidadãos por Lisboa, reconhece que ao longo do último ano se acabou com «o ambiente de falta de credibilidade» da Câmara, mas aponta por outro lado a «sensação de paralisia e ineficiência da Câmara», sem resultados em áreas como reabilitação urbana ou trânsito.

«António Costa pôs os ovos todos no mesmo cesto», afirma a vereadora que se desfiliou do PS para concorrer à Câmara de Lisboa, referindo-se ao empréstimo com que Costa contava e que o Tribunal de Contas não autorizou.

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