O candidato presidencial Paulo Morais considerou esta terça-feira que o antigo primeiro-ministro José Sócrates é “um dos grandes representantes da corrupção na política em Portugal”, tendo causado “graves prejuízos” ao país e aos portugueses.
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“Quanto ao processo jurídico propriamente dito, não acho nada, porque não conheço, mas quanto à questão política, há muita gente que discorda, mas José Sócrates é um dos grandes representantes da corrupção em Portugal”, afirmou.
Segundo o antigo vice-presidente da Câmara do Porto, as Parcerias Público-Privadas rodoviárias geram “ainda hoje” taxas de rentabilidade anuais aos concessionários de 20%.
“Há uns cavalheiros em Portugal que vão ao Orçamento do Estado e tiram uma rentabilidade de 20% e andam os portugueses todos a pagar IVA, IRS e IRC para alimentar um Orçamento do Estado que, depois, serve de manjedoura para sete ou oito grupos económicos irem lá tirar a rentabilidade”, frisou.
“Foi buscar os ossos ao povo e deixou a carne para os antigos donos”, declarou.
E concretizou: “há aqui uma troca de favores clara e isso não é aceitável”.
Paulo Morais salientou que o antigo governante tem direito a defender-se publicamente, mas tem pena que no espaço público “ninguém lhe recorde” que causou graves prejuízos ao país e aos portugueses.
José Sócrates, que esteve preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora mais de nove meses, está indiciado no processo “Operação Marquês” por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.
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