Maria de Belém já é oficialmente candidata à Presidência da República e diz que está na corrida para ganhar, livre de pressões políticas ou partidárias. Num discurso de cerca de 20 minutos, a ex-presidente do PS defendeu que o país precisa de um chefe de Estado que seja "independente".
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"Portugal precisa de um Presidente que saiba ser independente, interpretar a voz do povo e dar voz às pessoas mais frágeis da nossa sociedade (...) Numa republica democratica não há coroação nem nomeação para a Presidencia, há eleição. Candidato-me a esta eleição para disputar a vitória. Repito, para disputar a vitória"
Nada que tenha abalado a sua decisão. "Candidato-me à Presidência da República, por um imperativo patriótico e impulso de cidadania", "convicta posso dar contributo pessoal e político para a melhoria das condições de vida dos cidadãos, renovação de confiança no país, instituições e democracia".
Maria de Belém lembrou, sem meias palavras, o seu currículo, dizendo mesmo: "Não nasci hoje para a política". Vincou igualmente que a "afirmação da autonomia politica" da sua candidatura é um "teste essencial à credibilidade e à isenção".
"O programa do Presidente da República é a Constituição. [Farei com que o] juramento não seja uma formalidade vazia. Sou uma pessoa de honra"
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O combate às desigualdades e à pobreza foram marcantes no seu discurso, bem como o papel de Portugal na Europa. "Vivemos tempos complexos e de soberania partilhada. Portgal deve dazer tudo o que deve para defender, completar e aprofundar projeto de integração europeia". Isso passará por defender "a igualdade dos Estados membros" e, na área das relações externas, um papel para Portugal "à altura do que a nossa História permite reivindicar".
A apresentação oficial da candidatura marcada pela presença de socialistas como Almeida Santos, Manuel Alegre e Jorge Coelho, a título pessoal, uma vez que o PS não apoia qualquer candidato na primeira volta.
Maria de Belém estará esta noite no Jornal das 8 da TVI.
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