(ACTUALIZADA ÀS 17 HORAS)
O dirigente socialista Augusto Santos Silva afirmou que a adopção de crianças por casais homossexuais está fora da moção de José Sócrates e que a corrente de Manuel Alegre também será convidada para discutir o programa eleitoral, refere a Lusa.
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Em declarações aos jornalistas, Augusto Santos Silva negou que a adopção de crianças por casais homossexuais esteja prevista, mesmo que implicitamente, na moção que o secretário-geral do PS levará ao congresso de Espinho, entre 27 de Fevereiro e 01 de Março.
«A moção apresentada pelo secretário-geral do PS contempla a remoção das barreiras jurídicas à celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não propõe mais nada. Se o congresso aprovar a moção, a posição do PS continuará a ser contrária à adopção de crianças por parte de casais formados por pessoas do mesmo sexo», declarou.
Segundo o dirigente socialista, os subscritores da moção de José Sócrates entendem que «não há nenhuma justificação para impedir adultos de formarem livre e conscientemente a opção de casarem com pessoas do mesmo sexo».
«A questão da adopção de crianças é radicalmente diferente, porque envolve os direitos e os interesses das crianças, pelos quais o Estado deve também zelar», justificou.
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Interrogado se a linha política de José Sócrates tenciona entrar em diálogo com a corrente de Manuel Alegre para a elaboração do programa eleitoral do PS, Augusto Santos Silva afirmou que o seu partido discutirá esta proposta «no seu interior».
«Todas as secções de residência, temáticas ou outras, todas as organizações e as formações regionais serão chamados a essa discussão. Serão também chamadas à discussão as correntes de opinião, que são uma forma estatutariamente legítima de organização de militantes dentro do PS», afirmou o membro do Secretariado Nacional do PS.
De acordo com Santos Silva, quando a moção de José Sócrates refere que o programa eleitoral terá uma participação alargada, «isto significa que o PS incluirá todos os seus militantes, todos os seus organismos, secções e correntes de opinião».
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