A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse sexta-feira à noite, em Coimbra, que a rejeição da coligação de direita permite uma solução de Governo à esquerda com estabilidade para quebrar o empobrecimento do país.
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"Estamos a fazer um esforço claro para não estarmos condenados a uma direita que está a destruir o país. Os passos dados até hoje reforçam as condições de alternância de Governo estável em Portugal"
A dirigente bloquista frisou que a convergência entre os partidos da esquerda visa "formar uma maioria que trave a destruição do Estado social e do empobrecimento".
"Temos três balizas: a recuperação de rendimentos, garantir a proteção do Estado social e travar a entrega de setores estratégicos a privados"
O deputado José Manuel Pureza, eleito pelo círculo de Coimbra, que ocupa uma das vice-presidências da Assembleia da República, acrescentou que se trata de uma negociação política "com base na relação de forças".
"As nossas bandeiras não irão todas a bom porto, pois nós só tivemos 10% dos votos", disse perante mais de 50 pessoas que enchiam o auditório do Museu de Santa Clara-a-Velha, salientando que a solução que "temos vindo a trabalhar tem muitos constrangimentos"
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"Cavaco Silva disse hoje que sem um Governo estável o país pode ser ingovernável. Tem razão! E temos a expetativa que haja um acordo que dê ao país uma solução política alternativa dotada de estabilidade", afirmou.
"Apetece-nos dizer uma frase que o autor tão bem conhece: deixem-nos trabalhar", ironizou o deputado.
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