Catarina Martins não tem dúvidas sobre situação política em Portugal: “Estamos a fazer o que nunca foi feito… e ainda bem. Estava mais do que na hora.” A dirigente do Bloco de Esquerda afirmou, no encerramento do debate sobre o programa do Governo, que os bloquistas trabalharam “afincadamente numa “convergência ampla” com PS e PCP, que permitisse uma solução para a legislatura. “E foi possível”, destacou.
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“Trabalhámos afincadamente numa convergência o mais ampla possível que garanta estabilidade à vida das pessoas e permita uma solução de governo para a legislatura. E foi possível.”
A bloquista sublinhou que a nova relação de forças na Assembleia da República "corresponde ao desejo de mudança e à esperança no país e na democracia". Uma mudança que não é fruto de "jogos aritméticos" nem de "voluntarismo das bancadas parlamentares", frisou. Neste sentido, rejeitou a ideia de que uma frente de esquerda é um ataque à democracia. Pelo contrário, preferiu falar num "resgate" da própria democracia.
"Nunca se viu um Paulo Portas tão cavaquista como no dia em que perdeu o poder","O que a direita lê hoje como ataque à democracia é de facto o resgate à própria democracia."
"PSD e CDS estão em choque e acham que as outras forças politicas devem apoiá-los contra os compromissos dessas forças políticas. Querem que quem concorreu contra o seu Governo que agora suporte o seu Governo, porque se convenceu que nenhum resultado eleitoral pode alterar alguma coisa."
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