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Há “fanatismo ideológico” no Eurogrupo

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Porta-voz do BE, Catarina Martins, condenou hoje a "intransigência" e o "fanatismo ideológico" do Eurogrupo para com a Grécia

A reunião tinha em vista o debate parlamentar de urgência requerido pelos bloquistas para 07 de maio sobre a "situação da Saúde em Portugal" e a dirigente do BE citou declarações recentes de Yanis Varoufakis a convidar os homólogos continentais a visitar as urgências hospitalares helénicas, aproveitando assim para alertar para o colapso do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ainda sobre a situação grega, para a deputada bloquista, "tem existido uma chantagem enorme por parte do Eurogrupo e do Conselho Europeu contra a possibilidade de um Governo fazer aquele que é o mandato que lhe deu o seu povo, uma política diferente da austeridade" e "a Grécia não pede o paraíso na Terra", mas apenas cumprir o prometido durante a campanha eleitoral – ‘não cortar mais as pensões'".

A porta-voz do BE condenou hoje a "intransigência" e o "fanatismo ideológico" do Eurogrupo para com a Grécia, ao comentar o afastamento do ministro grego das Finanças das negociações com as instituições parceiras.

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"Tudo o que tem existido do outro lado é intransigência, fanatismo ideológico. Registo que no Eurogrupo, nos 18 governos que se têm oposto, 13 têm a presença ou estão em coligação com partidos sociais-democratas ou socialistas. Vemos como tem existido esta barragem a uma alternativa", lamentou Catarina Martins, após uma encontro com a Ordem dos Médicos, em Lisboa.

"Como dizia o ministro grego das Finanças, talvez não fosse mau convidar os ministros das Finanças do Eurogrupo a visitar as urgências do seu país. Bem sei que a situação em Portugal não é tão grave como na Grécia, não é comparável, mas não seria mau também perguntar se, em Portugal, os ministros das Finanças iriam às urgências do Serviço Nacional de Saúde", disse.

Relativamente ao contexto português, Catarina Martins sublinhou que "hoje, o descaso entre os números que o Governo apresenta da Saúde e a realidade concreta que as pessoas vivem quando recorrem ao SNS, mostram que o problema é grave e tem de ser debatido".

"Tivemos um secretário de Estado da Saúde a dizer, face ao colapso visível, que considerava que as urgências funcionavam bem e as pessoas estavam bem instaladas. De lá até cá, o Governo não disse mais uma palavra. Não vimos o ministro da Saúde ou o primeiro-ministro virem a público reconhecer o problema. Silêncio absoluto, quando vivemos um problema grave de as pessoas não saberem se podem confiar nas urgências", lamentou.

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