A porta-voz do BE condenou hoje a "intransigência" e o "fanatismo ideológico" do Eurogrupo para com a Grécia, ao comentar o afastamento do ministro grego das Finanças das negociações com as instituições parceiras.
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"Tudo o que tem existido do outro lado é intransigência, fanatismo ideológico. Registo que no Eurogrupo, nos 18 governos que se têm oposto, 13 têm a presença ou estão em coligação com partidos sociais-democratas ou socialistas. Vemos como tem existido esta barragem a uma alternativa", lamentou Catarina Martins, após uma encontro com a Ordem dos Médicos, em Lisboa.
"Como dizia o ministro grego das Finanças, talvez não fosse mau convidar os ministros das Finanças do Eurogrupo a visitar as urgências do seu país. Bem sei que a situação em Portugal não é tão grave como na Grécia, não é comparável, mas não seria mau também perguntar se, em Portugal, os ministros das Finanças iriam às urgências do Serviço Nacional de Saúde", disse.
Relativamente ao contexto português, Catarina Martins sublinhou que "hoje, o descaso entre os números que o Governo apresenta da Saúde e a realidade concreta que as pessoas vivem quando recorrem ao SNS, mostram que o problema é grave e tem de ser debatido".
"Tivemos um secretário de Estado da Saúde a dizer, face ao colapso visível, que considerava que as urgências funcionavam bem e as pessoas estavam bem instaladas. De lá até cá, o Governo não disse mais uma palavra. Não vimos o ministro da Saúde ou o primeiro-ministro virem a público reconhecer o problema. Silêncio absoluto, quando vivemos um problema grave de as pessoas não saberem se podem confiar nas urgências", lamentou.
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