Para que sejam aceites por qualquer país, as decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) têm de ser vistas como «resultantes de um processo democrático». Quem o diz é o Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, que esta sexta-feira recebeu representantes permanentes de 21 Estados junto da ONU, que se encontram em Portugal
«Um processo democrático que englobe diferentes realidades geográficas, políticas e culturais e diferentes pontos de vista», explicou Cavaco Silva no início do encontro.
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De acordo com a Lusa, o Presidente português disse ainda «acreditar firmemente que as Nações Unidas são a encarnação política desta realidade global e o fórum apropriado para tratar as questões globais do nosso tempo». Cavaco Silva reconheceu que «não é fácil conciliar um tal processo democrático de tomada de decisões ao nível internacional com a eficiência».
A representante permanente do Luxemburgo na ONU, Sylvie Lucas, destacou a importância de «tornar a governação global mais inclusiva, enfrentar juntos desafios como a manutenção da paz e da segurança mundial e procurar soluções conjuntas, multilaterais, para os problemas do mundo».
Que papel pode ter o Conselho de Segurança é outra das questões relevantes para a ex-embaixadora do Luxemburgo em Portugal.
Estes representantes, de Estados dos cinco continentes, encontram-se em Portugal para participar num seminário sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, que começou na quinta feira, no Estoril, e foi organizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Portugal é candidato a um dos lugares de membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, órgão que já integrou por duas vezes, em 1979-1980 e 1997-1998.
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