Cavaco Silva disse esta segunda-feira à noite, em entrevista à RTP, que considera que está tudo esclarecido quanto às suas acções no BPN, mas acusa os adversários de desonestidade por terem trazido o tema para a campanha.
«Eu era um mísero professor, minha senhora. Acha que eu, como professor, e com a minha mulher, que andámos a acumular as poupanças para a velhice e para deixar aos nosso filhos, não podemos recorrer a qualquer banco quando não temos qualquer responsabilidade política? Tem de estar aí uma grande dose de desonestidade. E está» frisou, acrescentando:
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«Nunca discuti um preço, nem a que comprei, nem a que vendi, nem nunca soube a quem tinha sido vendido. O dinheiro continuou no banco, aplicaram depois de outra forma e esteve lá até ao ano 2009. Foi só quando eu senti que estavam a fazer política e eu não gosto que façam política com as minhas poupanças, por isso resolvi tirar absolutamente tudo».
Cavaco confessa alguma desilusão com os seus opositores: «Eu esperava outro comportamento da parte de alguns candidatos, por quem tinha um certo respeito, mas quando eu sei seguramente que eles sabem que estão a ser desonestos a resposta tem de ser ignorar».
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