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Cavaco pede solução "muito clara" à UE para desemprego

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Presidente da República está na Bulgária para uma visita de Estado. Os dois países defendem, também, a criação de uma união energética a nível europeu e presidente búlgaro considera Portugal exemplo de "sucesso"

O Presidente da República assinalou que a gravidade do problema é tal que "é muito difícil que não surjam algumas desilusões entre os cidadãos europeus, em relação ao projeto de integração europeia". O Presidente da Bulgária, por sua vez, elogiou a forma como Portugal finalizou o programa de ajustamento.

​Cavaco Silva defende que o problema fundamental da União Europeia é o desemprego, em particular o desemprego jovem. E foi essa advertência que quis deixar na visita de Estado à Bulgária, pedindo à UE uma solução "muito clara" para este problema que afeta 25 milhões de cidadãos .

"É preciso que os líderes europeus mostrem de forma muito clara aos cidadãos que a UE é a solução para os problemas que preocupam os cidadãos, seja o desemprego, a segurança, seja a segurança social, seja a proteção na vida ou na doença. Daí o nosso forte apoio, tal como acontece da parte da Bulgária, ao plano Juncker de investimentos"

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O impasse entre a Grécia e os credores foi outro tema abordado pelo Presidente que, já na parte da conferência de imprensa, deixou alguns avisos:  "A Grécia tem de convencer-se que não pode haver exceções".

Ao mesmo tempo, e por outro lado, Cavaco Silva e o seu homólogo búlgaro defendem a construção de uma união energética a nível europeu que é, reconhece o chefe de Estado, "muito importante para Portugal" e também para a Bulgária.

"Portugal defende eliminação de dificuldades de exportação e de importação, de energia no espaço da união europeia. É fundamental criar um mercado integrado, eficiente, de energia, no espaço da UE", argumentou.

Por isso, Portugal "tem defendido de forma muito clara e muito firme, o estabelecimento de interconexões entre as diferentes elétricas e redes de gás", sustentou ainda.

Acompanhado por vários empresários, pelo ministro da Economia Pires de Lima e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Rui Machete, bem como por quatro deputados, Cavaco Silva não tem dúvidas de que esta visita de Estado contribuirá para o reforço das relações ecnoómicas e sociais, mas também das relações culturais entre os dois países. 

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Atualmente, as relações económicas e de investimento encontram-se "muito aquém do seu potencial", pelo que o Presidente defende que essa situação seja revertida. 

E deu conta que os empresários portugueses manifestam "grande interesse em conhecer melhor oportunidades de negócios" na Bulgária. Cavaco Silva elencou os setores de aposta: turismo, energias renováveis, transportes, aplicação das tecnologias digitais, administração pública, "uma área onde portugal regista progressos muito assinaláveis", considerou.

O problema da imigração também entrou no seu discurso, dizendo que "não podemos ignorar aquilo que tem acontecido no Mediterrâneo, situações dramáticas em que um número elevadíssimo de seres humanos tem perdido a sua vida". Disso são exemplo a Líbia, n Síria e o Iraque.

"É preciso uma coordenação de esforços da parte da UE para conseguir evitar as tragédias que se têm verificado no Mar Mediterrâneo e combater o tráfico de seres humanos, de droga, de armas e de terrorismo", completou.

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Portugal é exemplo de "sucesso"

"Portugal deu um exemplo válido para todos nós na Europa de uma política de sucesso, a finalização do programa é um exemplo de uma política responsável, é um exemplo do que pode ser atingido quando há uma forte vontade política", afirmou o chefe de Estado búlgaro, Rosen Plevneliev.

Na sua intervenção, o Presidente búlgaro anunciou ainda que o seu país irá aderir oficialmente ao Centro Norte-Sul do Conselho da Europa, que funciona há 25 anos em Lisboa, considerando que a instituição "exerce uma função primordial no diálogo entre os países europeus". Cavaco Silva congratulou-se com essa notícia.

Rosen Plevneliev aproveitou também para agradecer o facto de Portugal ter cedido gratuitamente à Bulgária o sistema informático de Schengen, frisando que ao país vai aderir brevemente à convenção entre países europeu sobre a política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas.

 

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