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Esquerda vê «convergência» entre Cavaco e Governo

Bloquistas consideram que está dado o primeiro passo para a recandidatura do Presidente da República

ACTUALIZADA ÀS 23h49

O líder parlamentar comunista considera que ficou evidente, na entrevista do Presidente da República, «uma grande convergência com os traços fundamentais» da política do Governo.

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Na entrevista à RTP, Cavaco Silva «empenhou-se bastante em reafirmar a sua ideia de cooperação estratégica», destacou Bernardino Soares, para quem tal «significa uma grande convergência com os traços fundamentais da política que o Governo está a seguir».

Quanto ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), Bernardino Soares considerou que o PR «procurou valorizar bastante o apoio a este dramático, errado e muito negativo» documento.

Por outro lado, o chefe de Estado «chamou para si, em parte, os méritos da aprovação do Orçamento do Estado [cuja votação decorre esta quinta e sexta-feira], fruto de um acordo entre o Governo, PS e os partidos de direita».

«Esta cooperação estratégica é um alinhamento com esta política, que os portugueses bem sentem na sua vida do dia-a-dia, que é negativa e que lhes traz prejuízos», referiu o dirigente comunista.

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A pré-campanha de Cavaco

O deputado bloquista Pedro Soares afirmou que o Presidente da República não comentou os principais problemas do país, como a economia, e considerou que Cavaco Silva iniciou esta quarta-feira a pré-campanha para a renovação do mandato.

Para o deputado do Bloco de Esquerda, Cavaco Silva «não se pronunciou concretamente» sobre «o que preocupa mais os portugueses», como o estado da economia e o Programa de Estabilidade e Crescimento.

«Teria sido importante que se tivesse pronunciado», destacou Pedro Soares, que viu nesta entrevista ao arranque da pré-campanha do Presidente da República.

Por outro lado, o deputado do BE considerou que Cavaco Silva foi «esclarecedor quanto às condições de governabilidade».

Pedro Soares voltou a afastar «quaisquer moções de censura», reiterando que «o Governo tem condições para governar».

Cavaco e Sócrates «identificam-se»

Os Verdes consideram que Presidência da República e Governo «identificam-se em muito» e destacou que a estabilidade política defendida por Cavaco Silva «serve de pouco» se for incapaz de resolver os problemas nacionais.

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A deputada ecologista Heloísa Apolónia afirmou que Cavaco Silva «falou muito» sobre a estabilidade política, mas omitiu que «essa estabilidade política, por si só, não é suficiente».

A deputada do PEV considerou que Cavaco Silva «manifestou claramente a posição do Presidente da República em relação à política económica e social que este Governo está a seguir e também em relação ao Programa de Estabilidade e Crescimento».

O Presidente «não foi isento» sobre o Orçamento do Estado, acrescentou, destacando que Cavaco Silva se «regozijou em relação ao acordo estabelecido entre o PS, o PSD e o CDS», para viabilizar um documento «que vem contribuir para o desemprego, que não apoia suficientemente as micro, pequenas e médias empresas e que não dá ao país o investimento público necessário».

«Talvez por isso [Cavaco Silva] tenha caracterizado as relações com o Governo e com o primeiro-ministro como de grande normalidade, porque eles identificam-se em muito e infelizmente os problemas do país não se resolvem só com estas identificações, mas com medidas certas», destacou.

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