A um ano do fim do mandato como Presidente da República, Cavaco Silva, na divulgação do seu novo livro da coleção «Roteiros», faz um balanço das suas funções e deixa conselhos ao seu sucessor. Cavaco não refere nomes, naturalmente, mas, Santana Lopes já veio dizer que encaixa no perfil definido pelo atual Presidente.
«Assistiu-se neste início do século XXI, a um reforço do papel do Presidente no domínio da política externa de tal forma que esta é hoje uma das suas principais funções», assume Cavaco Silva.
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«Nos tempos que correm, os interesses de Portugal no plano externo só podem ser eficazmente defendidos por um Presidente da República que tenha alguma experiência no domínio da política externa e uma formação, capacidade e disponibilidade para analisar e acompanhar os dossiers relevantes para o país», refere o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, no prefácio do «Roteiros IX», publicação que reúne as suas principais intervenções do último ano.
«Julgo que com experiência política externa, dos nomes falados até aqui, tem António Guterres, António Vitorino e, à direita, passo a imodéstia, eu próprio, pelas funções como primeiro-ministro e outras», confessou Santana Lopes.
«Se fosse Cavaco Silva a escolher, alguns estariam eliminados à partida. Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio, Sampaio da Nóvoa, Carvalho da Silva», disse Santana Lopes na rádio, acrescentando que, «curiosamente, Cavaco Silva exclui, segundo essas características, o seu conselheiro de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, por si nomeado».
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