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As ligações portuguesas ao Reino de Leão

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Abertura ao espírito europeu serve para aproximar portugueses e espanhóis, defendeu Cavaco

O Presidente da República, Cavaco Silva, recordou esta sexta-feira as raízes históricas que ligam as origens portuguesas ao Reino de Leão, defendendo que a abertura ao espírito europeu que viabilizou Portugal serve actualmente para aproximar portugueses e espanhóis.

«O Reino de Leão destacou-se no início do segundo milénio pela sua abertura às influências que chegavam da Europa para além dos Pirinéus», afirmou Cavaco Silva, no discurso que proferiu no Ayuntamiento de León, depois de ter recebido a Medalha de Ouro desta cidade espanhola.

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Para o presidente português, «esta abertura ao espírito europeu, que ditou as condições culturais e políticas que nos permitiram seguir o nosso próprio caminho, contribui, no presente, para nos aproximar».

«O processo de construção europeia criou oportunidades para a redescoberta mútua. Promoveu novas dinâmicas territoriais. Mudou a geografia e está a mudar as mentalidades», frisou Cavaco Silva, destacando a presença em León de muitos trabalhadores portugueses «que se sentem bem-vindos».

Cavaco Silva começou a sua intervenção nesta cerimónia, que encerrou uma visita de dois dias a León, com uma referência ao ano de 1169, quando Afonso Henriques foi ferido numa batalha entre portugueses e leoneses e acabou prisioneiro de Fernando II de Leão. «Quase 840 anos depois, o Chefe de Estado de Portugal vem a Leão. Vem com amizade e é recebido como amigo», afirmou.

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O presidente português recordou a «história em comum», salientando que «Portugal é um Estado da Reconquista e a sua formação está relacionada com as lutas dinásticas entre os sucessores de Afonso VI de Leão».

«Comungamos de uma memória cuja referência fundamental é o território», afirmou Cavaco Silva, acrescentando que «a continuidade das paisagens é reforçada pela semelhança nos modos de vida».

«No tempo das origens, a fronteira era um espaço de encontro, não era uma barreira. Depois, o processo de afirmação dos estados determinou que a fronteira passasse a ser um marco que milita e separa», salientou o presidente português, acrescentando, no entanto, que «nas últimas décadas, as coisas mudaram profundamente».

«A nossa fronteira volta hoje a ser uma zona privilegiada de encontro, um lugar de comunicação entre os povos», afirmou Cavaco Silva, considerando que «em grande medida» esta mudança se deve à existência da União Europeia.

Para Cavaco Silva, «o processo de construção europeia criou oportunidades para a redescoberta mútua, promoveu novas dinâmicas territoriais, mudou a geografia e está a mudar as mentalidades».

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