O desafio foi do CDS-PP, e acolhido de imediato pelo chefe do Governo. No debate quinzenal, esta sexta-feira, no Parlamento, Nuno Magalhães instou o primeiro-ministro a fazer um «levantamento» dos casos de «má gestão» do dinheiro público, para identificar os responsáveis e explicar aos portugueses onde ocorreram.
«Estamos abertos à iniciativa» em nome da «transparência», respondeu Passos Coelho. E foi mais longe: «As regras que se aplicam ao Estado devem valer também para o Sector Empresarial do Estado». Para que acabem, «rendas e privilégios acumulados ao longo de anos».
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Já esta sexta-feira, o líder da Juventude Social-Democrática (JSD), Duarte Marques, apelou ao Procurador-Geral da República para que investigue a eventual responsabilidade do anterior Governo e, em particular, do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, pela situação económica do país.
Nuno Magalhães pedia «um levantamento ministério a ministério, serviço a serviço, divisão a divisão, dos casos de gestão errada ou gestão deficiente do dinheiro público. A situação não se poderá voltar a repetir».
Para o líder parlamentar centrista, é necessário não só «explicar e pormenorizar o desvio», mas «explicar aos portugueses onde ocorreu».
O líder centrista não especificou, no entanto, de que forma poderão ser responsabilizados os eventuais culpados. Mas sabe já, pela resposta do primeiro-ministro, que há abertura «para ir mais longe na responsabilização dos agentes públicos».
Porque «resgate a autonomia e a liberdade pode exigir muito sacrifício», mas «o custo que vamos pagar é o custo que vale a pena pagar».
Também na resposta a Nuno Magalhães, que defendeu uma proposta do CDS para a limitação dos gestores públicos e das suas regalias, Passos manifestou que «o Governo está inteiramente aberto» se essa iniciativa avançar.
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