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Europa para ter paz "também tem de ser uma fortaleza"

Eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo, em moção ao Congresso do partido, rejeita impostos europeus e listas transnacionais, propondo "hotspots" para detetar possíveis terroristas entre o fluxo de refugiados

O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo  rejeita impostos europeus e listas transnacionais, propondo 'hotspots' para detetar possíveis terroristas entre o fluxo de refugiados. Estas posições são assumidas na moção ao Congresso centrista, divulgada esta quarta-feira com o lema "mais Europa, menos Bruxelas".

Impõem-se 'hotspots' capazes de, à entrada, principalmente nas fronteiras mais pressionadas da Grécia e de Itália, registarem cada caso e com a colaboração das forças de segurança e serviços secretos de todos os países, mostrarem eficácia na deteção dos infiltrados terroristas que todos os dias tentam aceder a uma União Europeia, que só tem futuro em paz, se for também fortaleza", defende Nuno Melo na moção.

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Na moção setorial "Mais Europa, menos Bruxelas", ao 27.º Congresso do CDS-PP, de 10 e 11 de março, em Lamego, Nuno Melo reitera que o partido deve ir sozinho às europeias de 2019 e traça um histórico centrista em questões europeias para recusar o rótulo de euroceticismo, que não quer igualmente confundir com o federalismo que rejeita.

No capítulo das migrações e da crise de refugiados, o também vice-presidente do CDS declara que é preciso "assumir que a União Europeia não precisa de qualquer pessoa".

Sublinhando a "obrigação de acolher com humanismo todos quantos tentem escapar das atrocidades que o mundo enfrenta", o eurodeputado defende "rigor na entrada".

Uma coisa são refugiados, merecedores ao direito de asilo, outra coisa são migrantes à procura de trabalho, obrigatoriamente sujeitos às leis da imigração, que existem em quaisquer partes do planeta", sustenta.

A moção de Nuno Melo, cujo título "Mais Europa, menos Bruxelas" é uma citação do político sueco Carl Bildt, resume as posições que o eurodeputado do CDS tem vindo a assumir, de rejeição às listas transnacionais ao Parlamento Europeu, contra um exército europeu e a cobrança de impostos europeus.

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Impostos que com o governo anterior eram marcas de insensível austeridade, transformam-se em propostas visionárias sobre o futuro da União Europeia", critica o vice-presidente do CDS, argumentando que "impostos europeus significarão o mais perigoso dos precedentes".

Melo sustenta que se atualmente são os impostos, "amanhã, poderá ser qualquer outra área da economia portuguesa a destinatária da imaginação de uma futura máquina tributária da União".

Na sua moção, o eurodeputado reitera a ideia já defendeu publicamente e que também já foi transmitida pela presidente do partido, Assunção Cristas, segundo a qual o CDS deve ir sozinho às eleições europeias.

Nuno Melo defende que em 2014 CDS e PSD estavam juntos no Governo e o país saia do programa de assistência financeira, estando atualmente ambos os partidos sentados "nos bancos da oposição" desde que o PS formou Governo com o apoio parlamentar de BE, PCP e PEV.

"E desde então, independentemente da partilha de pontos de vista, seguem caminhos próprios na defesa de estratégias, agendas políticas e prioridades", assinala, apontando também que existem diferenças na agenda europeia entre sociais-democratas e centristas.

Segundo o vice-presidente centrista, "o CDS, sendo profundamente europeísta, não partilha de uma visão federalista do processo de construção europeia e também, ao contrário do PSD, rejeita a possibilidade da criação de impostos europeus como meios próprios de financiamento do orçamento da União".

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