O líder do CDS-PP propôs esta segunda-feira que o Governo devolva, no próximo orçamento rectificativo, «o poder de compra perdido» aos idosos que recebem a pensão mínima, face à subida da taxa de inflação para 3,1 por cento, escreve a Lusa.
«Se o primeiro-ministro tem um orçamento rectificativo para apresentar onde inclui a redução do IVA em 1 por cento, era bom que pensasse naqueles que, sendo mais velhos, recebendo as pensões mais baixas, estão a ser penalizados como ninguém com a alta dos preços», defendeu Paulo Portas.
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O líder democrata-cristão falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital de S. Teotónio, em Viseu, cidade onde decorrem as jornadas parlamentares do CDS-PP.
Pensionistas mais pobres
Questionado sobre a subida da taxa da inflação de 2,9 para 3,1 por cento em Março, Paulo Portas defendeu que o próximo orçamento rectificativo «é a oportunidade para introduzir um corrector da inflação que devolva pelo menos o poder de compra perdido aos pensionistas mais pobres».
«Os pensionistas foram aumentados em 2,5. Isso significa que todos os meses estão a perder poder de compra», disse.
A taxa de inflação homóloga acelerou para 3,1 por cento em Março, um valor superior em 0,2 pontos percentuais ao observado no mês anterior, indicou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Para a formação da taxa de variação homóloga, as contribuições positivas mais significativas foram dadas pelos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, os transportes, a habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e no lazer, recreação e cultura.
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Investigar preços
Sobre a alta dos preços, o líder do CDS-PP voltou a exigir ao Governo que peça à Autoridade da Concorrência para investigar a formação dos preços em alguns bens essenciais como o pão, o leite o gás.
«O CDS está persuadido que alguma coisa de anómalo se passou entre 2007 e 2008 com a formação de alguns preços de bens essenciais», afirmou.
Paulo Portas desafiou ainda o ministro da Economia, Manuel Pinho, «a cumprir o que prometeu» e colocar na Internet «os preços dos combustíveis nos 2.200 postos de abastecimento no país».
«Eu não quero acreditar que o Governo não esteja a cumprir a promessa de colocar os preços dos combustíveis na Internet para ir ganhando o IVA que as pessoas vão pagando», disse.
PP
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