Foi na estrada de acesso a Arouca que as comitivas do PS e do CDS se cruzaram. Sócrates ia a sair. Portas a chegar. Ao entrar na cidade, ainda havia marcas da passagem rosa, sobretudo nas várias pessoas que seguiam com bandeiras na mão.
O líder do CDS, acompanhado por um ruidoso carro onde seguiam os jovens centristas com as bandeiras de fora das janelas, acabou por não parar no centro da cidade para o contacto com a população que estava previsto. Deslocando-se de imediato para o hotel onde decorreu o almoço.
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Talvez por ser domingo, a iniciativa acabou por ser diferente da maioria dos almoços e jantares de campanha. A abertura ficou a cargo da Banda júnior da banda de música de Carregosa que foi entretendo os comensais e que acabou por contar com a participação do próprio Paulo Portas na pandeireta.
O ambiente era agradável, mas isso não evitou que à sobremesa se servissem criticas duras. Portas subiu o tom dos ataques e frisou a diferença entre o CDS e o PSD, mostrando «o que distingue uma música com ritmo, que é a do CDS de uma mais monocórdica, que é a do PSD».
O líder do CDS falou então nos impostos que o PSD «diz que não vai mexer e que o CDS quer baixar» e do Rendimento Social de Inserção «que o CDS quer fiscalizar», mas que o PSD «quer deixar como está».
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Portas colou depois o PSD ao PS no caso BPN. «Não é o contribuinte que tem de pagar as fraudes do BPN», começou Portas, apontando o dedo a Victor Constâncio: «A política de supervisão tem de mudar», diz Portas, que lamenta que o PSD «não assuma que Constâncio é incompetente»
«Precisamos de leis penais muito mais firmes, mas o PSD tem medo que lhes chamem nomes e está atado às leis que aprovou com o PS», disse ainda.
«Há cada vez mais eleitores que votavam PSD que não vêem ali a solução e nos dizem que vão votar CDS», garantiu Portas.
Uma bloquista na campanha do CDS
Presente neste almoço esteve dirigente bloquista Joana Amaral Dias. Durante o discurso, Portas fez questão de explicar «porque começam logo a surgir boatos», que a bloquista «não aderiu ao CDS, mas está aqui a fazer um trabalho para um jornal».
O líder do CDS disse ainda que espera que Joana Amaral Dias perceba «que o CDS não é como por aí o pintam muitas vezes».
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