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“Libertação do euro é uma necessidade profunda do país”

Jerónimo de Sousa ataca moeda única, defendendo que deve ser estudada a possibilidade da saída da Zona Euro, respeitando a vontade popular

Para o secretário-geral do PCP, é impossível fazer de conta que este problema “não existe”, argumentando que a moeda única foi “um desastre” para Portugal. Depois, passou ao ataque contra os que “nos meteram na aventura desastrosa”. “Vêm agora acusar-nos de defender a aventura de uma saída. Querem virar o bico ao prego, mas os irresponsáveis não fomos nós, foram eles”, atirou. “Quando nos dizem que nós não somos alternativa, bom, nós dizemos: que alternativa é a vossa?", questionou António Filipe, apontando: "Os partidos da troika nacional (...) é que não têm nada mais para oferecer a este povo que não seja a continuação desta política desgraçada”.

Uma sala cheia de apoiantes em Samora Correia ouviu Jerónimo de Sousa defender a saída de Portugal do euro. Para o líder comunista essa é uma necessidade que se impõe, uma libertação de um “colete de forças”, que, segundo ele, só serve os interesses “da alta finança” e da Alemanha. 

“Desde a adesão ao euro, Portugal é um dos países que menos cresce na Europa e no mundo”, começou por dizer Jerónimo de Sousa, para depois apontar aqueles que diz serem os grandes beneficiários da moeda única.  

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“O euro é uma moeda feita à medida das necessidades e interesses da alta finança e à medida da economia alemã”, apontou, sublinhando que a moeda “submete o país à chantagem dos mercados, dos especuladores e à chantagem do BCE e da troika”.

“A prazo não temos outra alternativa senão libertar o país dos seus constrangimentos. Idealmente, em concertação com outros povos europeus que estão na mesma situação que nós”, admitiu, defendendo depois um referendo.    

“À irresponsabilidade com que impediram que o povo se pronunciasse sobre a entrada, o PCP opõe a responsabilidade de respeitar a sua vontade numa saída”. 

Jerónimo de Sousa não encerraria este tema sem apontar armas particularmente ao PS. 

“É curioso que o PS quando ouve falar desta necessidade de estudar e de preparação em relação ao euro benze-se três vezes e considera isto uma blasfémia”, frisou, valendo-se depois do programa socialista para recordar que ele admite dois cenários e que um deles é precisamente sobre uma eventual saída da moeda única. "E até diz mais do que nós, não só em relação a Portugal, mas em relação à própria zona euro, que poderia implodir". 

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Para Jerónimo de Sousa "o PS não tem a coragem de dizer que Portugal para ter futuro, como nação livre e independente (...) tem de se libertar destes constrangimentos do euro."  

Antes de Jerónimo de Sousa, falara António Filipe. O cabeça-de-lista da CDU por Santarém mostrou-se confiante num bom resultado nas eleições.

"Vamos derrotar os partidos da troika, vamos derrotar os seus objetivos. Eles não vão ter as maiores absolutas que desejam", disse, defendendo que só a CDU se apresenta com uma alternativa viável às atuais políticas.

"São cada vez mais as pessoas arrependidas de terem votado nos partidos da troika", afirmou, garantindo que não conhece "nem uma" que tenha votado na CDU e que esteja arrependida.

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