O CDS/PP quer ser «alternativa e bom governo, daqui a meses». Quem o diz é o deputado centrista Nuno Melo, que esta quarta-feira recordou as razões apresentadas pelo partido para apresentar uma moção de censura ao Governo PS.
«Hoje somos oposição a este governo e a esta maioria. Daqui a meses, queremos ser alternativa e queremos ser bom governo. E seremos!», garantiu o deputado eleito ao Parlamento Europeu.
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Censura do CDS denota «eterna adolescência»
No encerramento do debate da moção de censura ao Executivo, Nuno Melo explicou que o CDS/PP apenas formalizou no Parlamento, como é normal em democracia, a censura que os portugueses expressaram nas urnas: «Esta censura não é nossa. É de um país que foi às urnas».
PS pronto para governar «à esquerda»
O deputado argumentou que a censura do CDS-PP é a censura dos empresários com dificuldades. É também a censura dos agricultores ao ministro Jaime Silva, «que ao fim de quatro anos consegue o mérito de ter todos contra si». É ainda a censura daqueles que «recorrem aos tribunais e percebem tudo pior», dos jovens «que querem trabalhar mas não encontram empregos, dos professores «que tiveram de suportar uma ministra que colocou um país inteiro contra eles, ou dos idosos «que na legislatura perderam poder de compra e tiveram menor aumento das suas pensões nos últimos anos».
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«Um erro que cometi? Não ter apostado mais na cultura»
Nuno Melo insistiu na ideia de que «o problema da governação não está no estilo, mas sim nas políticas». O deputado centrista sublinhou que José Sócrates «trará ao país um novo estilo» enquanto que o CDS «trará novas políticas».
País «cansado da arrogância» de Sócrates
Nuno Melo considerou as europeias e esta moção de censura ao Governo «umas primárias para o que se vai seguir». «Daqui a pouco, estaremos todos, outra vez, a decidir da composição da Assembleia da República, e de quem nos governará numa próxima legislatura. O CDS lá estará de novo», rematou.
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