O Bloco de Esquerda (BE) questionou este domingo o ministro da Administração Interna sobre o motivo da mudança de local do protesto da Amnistia Internacional a propósito da visita do Presidente da China a Portugal, noticia a Lusa.
A Secção Portuguesa da Amnistia Internacional (AI) tinha convocado um protesto em frente ao Mosteiro dos Jerónimos para contestar, junto do presidente da China, as violações de direitos humanos na China e exigir a libertação de presos políticos ou por delito de opinião.
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Mas o protesto acabou por ter de se realizar junto da Torre de Belém por ordem do Governo Civil de Lisboa.
Num requerimento dirigido ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, a deputada do BE Helena Pinto diz «estranhar esta atitude por parte do Governo Civil, que assim desloca um protesto para um local isolado, comprometendo, obviamente, a sua visibilidade e os objectivos dos seus promotores - denunciar as violações dos direitos humanos na China».
Nesse sentido, questiona o Governo sobre o motivo da mudança de local do protesto por parte do Governo Civil de Lisboa, «porque foi comunicado na véspera da sua realização» e «quais os critérios que determinaram a sua deslocalização para a junto à Torre de Belém».
Helena Pinto lembra que a Amnistia Internacional é uma «organização não governamental que pugna pela defesa dos direitos humanos a nível mundial, cuja actividade é reconhecida e cujas denúncias permitem um maior escrutínio das acções dos estados que violam esses mesmos direitos».
«São conhecidos os diversos atentados à liberdade de expressão, de associação e de manifestação na República Popular da China denunciados pela Amnistia Internacional», sublinha.
A secção portuguesa da AI acusou no sábado o Governo de «subserviência» à China, por ter sido impedida de se manifestar junto ao local de passagem do presidente chinês, como estava inicialmente previsto.
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