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CAP defende eleições "o mais rapidamente possível"

Confederação dos Agricultores considera que Cavaco Silva deve tomar uma "decisão provisória" que permita esta solução

Muito crítico em relação "à frente de esquerda", que "nunca foi anunciada" e que é "uma frente anti-natura" entre PS, PCP e BE, João Machado disse não encontrar estabilidade na solução apresentada por estes três partidos e lamentou a "quebra de uma tradição que não é favorável à democracia". João Machado fez ainda referência à instabilidade que a está a provocar nos investidores internacionais, nos mercados e nas instâncias que financiam o país, manifestando a sua preocupação pelo "congelamento" de "grandes investimentos no setor da agricultura", que estão "à espera de ver o que acontece".

O presidente da Confederação dos Agricultores (CAP) defendeu esta  a realização de eleições legislativas antecipadas "o mais rapidamente possível", considerando que o Presidente da República deve tomar uma "decisão provisória" que permita esta solução.

"Deve haver eleições para o ano, o mais rapidamente possível, aquilo que o calendário constitucional permitir", afirmou o presidente da CAP, João Machado, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente da República.

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Apontando a realização das eleições antecipadas para o verão de 2016, João Machado preconizou que seja encontrada "uma solução provisória" que permita este calendário.

"O que a CAP veio dizer aqui enquanto parceiro social é que considera que o melhor para o país é que vá a eleições o mais cedo possível, em meados do ano que vem e aconselhámos, se é que podemos aconselhar o senhor Presidente da República, a que não tomasse nenhuma decisão definitiva e que tomasse uma decisão provisória, aquela que entendesse que era melhor e que pudesse negociar e que permitisse que houvesse eleições no verão do ano que vem", disse João Machado.

"A soma de três perdedores ainda não dá um vencedor", vincou, reconhecendo que embora PS, PCP e BE possam ter eleito mais deputados, "quem ganhou as eleições não foi nenhum destes partidos".

Falando mesmo numa "situação que foi escondida" e de "uma união negativa daqueles que perderam as eleições", o presidente da CAP insistiu na necessidade de eleições antecipadas.

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"Muitos daqueles que votaram nestes próprios partidos estão surpresos", acrescentou, reiterando que é necessário "perguntar aos portugueses novamente se era exatamente isto que eles esperavam do PS, do PCP, do BE e da PaF [coligação PSD/CDS], ou se era coisa diferente".

João Machado referiu-se ainda diretamente ao PCP, manifestando a sua preocupação por, 40 anos depois deste partido ter feito com que "as propriedades dos agricultores fossem ocupadas e roubadas", o seu programa continuar nos mesmos termos.

"É contra o latifúndio, quer uma nova reforma agrária e quer a divisão da propriedade em Portugal", disse.

atual situação política

Questionado se defende então que o atual Governo permaneça em gestão até meados de 2016, o presidente da CAP disse não saber se o executivo PSD/CDS-PP quererá essa solução ou "se teria de ser um Governo de iniciativa presidencial".  

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