O ex-coordenador bloquista, Francisco Louçã, afirmou hoje que a próxima Mesa Nacional «tem obrigação de olhar para o debate político», fazer «o melhor entendimento possível» e «escolher as representações públicas» do BE.
«O BE chegou à Convenção com opiniões muito diferentes e balanceadas, mas agora elegeu a sua Mesa Nacional e a Mesa Nacional deixa de ser das moções, é a Mesa Nacional de todo o BE e representa todo o BE», afirmou o antigo deputado do BE aos jornalistas, depois das listas da atual coordenação e de Pedro Filipe Soares terem registado um empate de 259 votos.
O ex-líder do BE, que não integra a Mesa Nacional hoje eleita, recusou responder se Pedro Filipe Soares tem condições para continuar a presidir à bancada parlamentar.
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«Eu não me pronuncio sobre isso, foi um excelente candidato nesta campanha, bateu-se pelas suas ideias, mas agora a Mesa Nacional que tome as suas decisões».
A IX Convenção Nacional do BE, que decorre no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, termina este domingo, aguardando-se a intervenção de encerramento.
Já Luís Fazenda, um dos fundadores do Bloco de Esquerda e apoiante de Pedro Filipe Soares, defendeu que a próxima liderança será «uma escolha política» da Mesa Nacional hoje eleita e que registou um empate entre as duas principais listas.
«Neste momento, é prematuro falar acerca do desenlace. No BE, a coordenação não é uma figura estatutária e será uma escolha política da Mesa Nacional», afirmou Fazenda, em declarações às televisões.
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Sobre quem dará a cara até lá pelo BE, Luís Fazenda respondeu: «Todos nós».
Outro dos fundadores, Fernando Rosas, que apoiou a lista dos atuais coordenadores, partilhou a visão de que será a Mesa Nacional a decidir, embora salientando que foi a moção de Catarina Martins e João Semedo a mais votada.
«Em regra, a escolha da coordenação será da competência da Mesa Nacional, como a Mesa Nacional tem um empate encontrará seguramente uma solução para resolver este problema», afirmou.
No entanto, Rosas frisou que «é certo que a moção vencedora foi a de João Semedo e a de Catarina Martins».
«Não acho que haja um drama inultrapassável», frisou.
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