O Conselho das Comunidades Portuguesas mostrou satisfação com o veto do presidente da República à alteração da Lei Eleitoral, que acabava com o voto por correspondência dos portugueses no estrangeiro, diz a Lusa.
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«Não nos surpreende, porque no último encontro que tivemos com ele (em Outubro passado), o Presidente da República parecia muito interrogativo sobre a lei. Saímos com o sentimento de que iria provavelmente vetá-la», disse o vice-presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, António Fonseca.
Para o conselheiro, Cavaco Silva mostrou assim que «está consciente de que a lei era precipitada e não garantia todas as possibilidades para que houvesse o voto dos emigrantes».
«O Presidente da República ponderou a questão e cabe agora ao Parlamento rectificar os excessos», afirmou.
«O bom senso de reagrupar as comunidades»
Contactado pela Lusa, também o presidente da Associação dos Autarcas Portugueses de França - CIVICA, Paulo Marques, se mostrou satisfeito com a decisão de Cavaco Silva: «É com grande agrado que vemos o Presidente da República ter o bom senso de reagrupar as comunidades portuguesas.»
«O Presidente cumpriu uma promessa eleitoral que era fazer com que Portugal esteja perto das comunidades residentes no estrangeiro», acrescentou.
Por seu lado, o presidente da Federação das Associações Portuguesas na Alemanha (FAPA), Vítor Estradas, disse que esta foi uma decisão «bem tomada, porque foi uma alteração feita muito rápido e sem avaliar as consequências».
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