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O secretário-geral do PS anunciou este sábado que, se os socialistas formarem Governo, vão lançar um novo programa para a erradicação da pobreza infantil e juvenil, após ter sido criado em 2005 o complemento solidário para idosos.
No final das Jornadas Parlamentares do PS, que se realizaram em Gaia, António Costa fez um discurso em que lançou a ideia de Portugal negociar com a União Europeia um novo programa de impulso à convergência, por ocasião dos 30 anos da adesão do país à Comunidade Económica Europeia (CEE), mas também um discurso repleto de críticas ao «dogmatismo» e «radicalismo ideológico» do atual Governo.
Numa intervenção em que defendeu que o Governo «fracassou nos seus objetivos de criar um novo modelo económico» no país e «falhou» metas que classificara como prioritárias no plano financeiro, designadamente o controlo da dívida, o secretário-geral do PS traçou também um quadro negro sobre a atual situação social.
«O esforço que o país fez na redução da pobreza, em particular com o complemento solidário para idosos, tinha permitido a Portugal fazer um percurso significativo de redução da pobreza - um objetivo de qualquer sociedade decente. Neste quatro anos, porém, não só não avançámos neste objetivo de erradicação da pobreza, não só não consolidámos o que tínhamos conseguido, e até andámos dez anos para trás», sustentou o líder socialista.
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«A pobreza infantil e juvenil é a mais dramática de todas as pobrezas, porque nos promete para amanhã não uma sociedade mais justa e mais igualitária, mas a reprodução de uma nova geração de pobreza e um retrocesso duradouro no país», vincou ainda o secretário-geral do PS.
«Temos de fazer isso com uma iniciativa centrada na erradicação da pobreza infantil e juvenil - essa é uma prioridade que temos de assumir para o próximo ciclo governativo», advogou o secretário-geral do PS.
«Não podemos cortar à partida, quando se é criança ou jovem, a oportunidade que todo o ser humano tem de possuir de realizar plenamente o seu potencial de desenvolvimento, de acordo com a sua capacidade, esforço, empenho e dedicação», disse.
António Costa voltou ainda a criticar o Governo poer ter «desfeito» programas que só podem ter resultados a médio e longo prazo, «destruindo» a formação de adultos e cortando verbas destinadas à investigação científica.
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