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Porto/Vigo: PS admite chamar ministro ao Parlamento

Renato Sampaio considera que supressão da ligação ferroviária «tem de ser uma decisão política»

O deputado socialista Renato Sampaio vai apresentar um requerimento ao Ministério da Economia sobre os objectivos da supressão da ligação ferroviária até Vigo, Espanha, e admite chamar o ministro Álvaro Santos Pereira ao Parlamento.

«É uma decisão de profunda irresponsabilidade e que não pode ser técnica ou económica. Tem de ser uma decisão política e por isso estou a ponderar chamar o senhor ministro a responder na Comissão de Economia e Obras Públicas», afirmou à Lusa Renato Sampaio, eleito deputado pelo Porto.

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O também líder da Federação do PS/Porto acrescenta que a ligação entre Porto e Vigo «só não é rentável» sem um investimento na infra-estrutura, tendo em conta o «intercâmbio social e económico que existe entre Norte de Portugal e a Galiza».

«É preciso criar condições para que seja um serviço competitivo, em termos da comodidade do material circulante e do tempo de viagem», sustentou.

O anúncio de supressão da ligação ferroviária até Vigo já a partir de domingo também mereceu a dura crítica da estrutura regional do Porto do PCP, lembrando «diversos ataques ao longo dos últimos anos».

Em comunicado citado pela Lusa, o partido acrescenta que a decisão agora conhecida «agrava os custos e as dificuldades de mobilidade da população» e surge «após a introdução de portagens nas SCUT, designadamente na A28, acrescentando mais obstáculos à mobilidade».

Critica ainda a «falta de perspectiva de desenvolvimento» e «o desprezo pelas potencialidades que resultam para a economia nacional das ligações ferroviárias internacionais».

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O comunicado afirma que o grupo parlamentar do PCP apresentará esta semana um projecto de resolução, recomendando ao Governo a modernização da ligação ferroviária de passageiros e mercadorias entre Porto e Vigo, «bem como medidas no sentido da valorização desta ligação, em articulação com infra-estruturas da região, como o Aeroporto do Porto e o Porto de Leixões».

O Movimento pró-Partido do Norte (MPN) também já criticou esta decisão, que diz ser uma «arbitrariedade absurda dirigida em especial contra o Norte, a sua economia e a sua mobilidade social».

Em comunicado, o MPN contesta a «agravante de ser uma medida que boicota a relação transfronteiriça» tomada por um «poder centralista», depois «de boicotar a construção de uma nova linha Porto-Vigo de velocidade elevada».

O MPN «exorta o Governo a suspender imediatamente» esta medida e «a preparar a imediata regionalização da CP».

«Caso considere que tal crime é justificável pela situação financeira a que o centralismo levou o país», o MPN reclama a «imediata» suspensão da ligação Lisboa Irun/Madrid.

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