O presidente do Grupo Parlamentar do PS criticou hoje a actuação das «principais potências¿ da União Europeia face à actual conjuntura financeira, dizendo que se tivessem maior arrojo e sentido europeu a situação económica seria agora outra.
Francisco Assis falava aos jornalistas após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, José Sócrates, em São Bento, numa audiência destinada a debater a agenda da cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, quinta e sexta-feira em Bruxelas.
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Acompanhado pelo presidente do PS, Almeida Santos, assim como pelos dirigentes socialistas Edite Estrela e Sérgio Sousa Pinto, Francisco Assis referiu-se de forma crítica à oposição da Alemanha e da França à criação de «eurobonds» como solução para o actual problema das dívidas soberanas de países como Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda.
«Na União Europeia raramente existiram soluções de unanimidade e o PS tem uma perspectiva crítica em relação à forma como as principais potências europeias têm actuado nos últimos meses. Se houvesse maior arrojo e mais sentido europeu por parte dos principais governantes da União Europeia, talvez estivéssemos hoje numa situação melhor», declarou, citado pela agência Lusa.
Em contraste, de acordo com o líder parlamentar do PS, «o Governo português tem procurado ter uma intervenção activa no sentido de concorrer para que a UE concorra para ter uma posição mais activa».
Interrogado sobre as revelações feitas pelo Wikileaks em relação a documentos provenientes da diplomacia norte-americana, o presidente do Grupo Parlamentar do PS recusou-se a comentar, alegando uma questão de responsabilidade institucional».
«Estamos aqui em São Bento para analisar a agenda europeia, que é da maior importância», alegou.
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