A CGTP-IN pediu, esta quarta-feira, audiências a todos os partidos políticos para apresentar «dez eixos estratégicos para mudar as políticas». Para além do pedido, a intersindical exige que seja assumido o compromisso «para a legislatura» de um salário mínimo nacional de 600 euros em 2013.
«Queremos um compromisso para a legislatura de cumprir os valores pré-definidos quanto ao salário mínimo nacional até 2011 (de 500 euros) e a expressão de um compromisso para, em Janeiro de 2013, termos um salário mínimo nacional de 600 euros», afirmou Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da intersindical.
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Segundo a Lusa, Carvalho da Silva frisou que as audiências solicitadas «têm que decorrer, forçosamente, durante o mês de Julho, em período pré-eleitoral».
A CGTP exigiu ainda uma «revisão dos critérios de actualização» no que diz respeito às pensões.
«Quanto às pensões, queremos uma revisão dos critérios de actualização [das pensões] porque num contexto de recessão económica apenas estão garantidas, até ao momento, actualizações das pensões mínimas e essa actualização pode mesmo vir a ser posta em causa num agravamento da recessão», considerou Carvalho da Silva.
«Afirmação é leviana e irresponsável»
Questionado sobre as últimas declarações de Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, Carvalho da Silva afirmou que a «afirmação é leviana e irresponsável», acrescentando que «não estamos a sair da crise, nem no plano interno, nem no plano global».
O secretário-geral condenou também as políticas do Executivo socialista e afirmou que estas «não são resposta à crise, infelizmente».
«Temos um Governo num país que não sofre apenas das influências da crise internacional mas que tem défices estruturais acumulados - a crise no plano nacional é de muito maior dimensão com nove anos contínuos de divergência em relação à União Europeia. Dizer que em Portugal, que tem uma crise interna maior do que qualquer outro país, se está a encontrar saída para a crise, é ligeireza», referiu.
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