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PCP vê Marcelo como projeto de “revanchismo” da direita

Comité Central do partido esteve reunido este domingo e marcou o próximo congresso para 2, 3 e 4 de dezembro

Jerónimo de Sousa falou ainda de eventuais discordâncias do partido face a medidas do Governo socialista, assegurando que isso não irá colocar em risco a solução governativa encontrada através dos entendimentos à esquerda parlamentar. Para o líder do PCP, tal não vai pôr "em causa a solução governativa encontrada, mas será um exercício natural, tendo em conta a afirmação que os dois partidos fizeram dessas diferenças e divergências, onde ninguém exigiu a ninguém que deixasse de ser o que era".

O secretário-geral do PCP considerou este domingo a recomendação de voto de PSD e CDS-PP no candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa como uma das "atitudes revanchistas" daqueles partidos entre os "projetos que têm" para "recuperarem o que perderam".

Comunicando as conclusões da reunião do Comité Central (CC) comunista, Jerónimo de Sousa destacou a candidatura apoiada pelo PCP, de Edgar Silva, como a que "inquestionavelmente" melhor representa o "projeto patriótico e de esquerda que tem na Constituição e valores de Abril a referência para assegurar um país mais desenvolvido e soberano".

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"O CC sublinha que a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa se insere nos projetos que PSD e CDS têm para, a partir daquele órgão de soberania, procurar recuperar o que em 4 de outubro (eleições legislativas) perderam."

Inquirido sobre uma futura confrontação com as imposições de metas por parte de Bruxelas, Jerónimo de Sousa, após reunião do Comité Central do PCP, em Lisboa, reiterou a confiança numa solução para a eliminação da sobretaxa do IRS, apesar das diferenças de ritmo preconizadas pelos dois partidos, embora, quanto à reposição de salários na função pública, tenha frisado que se trata de uma questão "sagrada", "de princípio".

"Nós conseguimos o máximo da convergência, que foi o máximo do compromisso, que assumimos com o PS, com a consciência de diferenças e até de divergências. Isto significará que, possivelmente, quando o PS avançar com medidas com as quais temos razões de fundo para discordar, discordaremos", disse o secretário-geral comunista, referindo-se ao texto "posição conjunta", que viabilizou o XXI Governo Constitucional, liderado pelo homólogo do PS, António Costa.

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"Da parte do PCP, não regatearemos um voto que seja para aquilo que for bom para o nosso povo e o nosso país. Naturalmente, assumiremos uma posição contrária se entendermos que isso prejudica esta perspetiva dos interesses do país, dos trabalhadores e do povo", vincou.

Jerónimo de Sousa anunciou ainda que o Comité Central do PCP marcou o próximo congresso do partido para os dias 2, 3 e 4 de dezembro de 2016.

O local do evento, que se realiza ordinariamente de quatro em quatro anos, ainda não foi definido, segundo o PCP.

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