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«Então o Governo devia apresentar o programa de quem?»

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José Sócrates lembra à oposição que recusou qualquer diálogo com os socialistas

José Sócrates teve direito à primeira intervenção durante a apresentação do programa do XVIII Governo Constitucional e fez questão de recordar que este é resultado das ideias e projectos do PS, e só do PS, porque os outros partidos rejeitaram participar.

«Nenhum partido teve uma maioria absoluta, mas isso não significa que as eleições não tenham tido um partido vencedor. Este Governo corresponde à vontade dos portugueses e está aqui para apresentar o mesmo programa que os portugueses votaram», começou.

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«É claro que a situação seria totalmente diferente se tivesse chegado a acordo com outros partidos para uma solução política que contribuísse para o reforço da estabilidade política. Se fosse possível uma tal convergência, então daria origem a uma nova plataforma programática, resultante de um compromisso entre programas distintos, mas não é esse o caso», acrescentou.

O primeiro-ministro sublinhou o seu convite a «todos os partidos com mais relevante representação parlamentar para um diálogo político, sem condições prévias». « Nenhum partido quis assumir responsabilidades ou compromissos com a governação. Nenhum dos partidos aceitou sequer dialogar sobre o assunto», frisou.

Sócrates dispôs-se mesmo a desabafar: «Confesso que não compreendo aqueles partidos da oposição que correram a criticar o Governo por apresentar o programa que o PS levou às eleições. Então o Governo, não apresentando o programa do PS, devia afinal de contas apresentar o programa de quem?»

Uma pergunta retórica, reforçada vezes sem conta durante o discurso. «Quando [os partidos da oposição] recusaram qualquer diálogo, auto-excluíram-se deliberadamente de qualquer contributo sobre o teor do programa do Governo», criticou.

Por isso, José Sócrates pediu aos seus opositores «uma atitude de responsabilidade ao serviço do bom funcionamento das instituições democráticas e do interesse do país». «Tenho a certeza que não será pedir demais!», ironizou.

O primeiro-ministro referiu ainda a «inteira disponibilidade do Governo para governar com a Assembleia da República», destacando as suas prioridades: «A primeira é combater a crise, relançar a economia e promover o emprego. A segunda é modernizar o país, a economia, a sociedade, o Estado. A terceira é desenvolver as políticas sociais, qualificar os serviços públicos e reduzir as desigualdades.»

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