A disponibilidade dos helicópteros EH 101, utilizados em missões de busca e salvamento, "ainda merece alguma preocupação" mas está "em vias de ser resolvida" de forma sustentada, garantiu esta quarta-feira o chefe do Estado-Maior da Força Aérea.
José Pinheiro esteve hoje reunido durante três horas, à porta fechada, com os deputados da nova comissão parlamentar de Defesa Nacional, aos quais apresentou o ponto da situação do ramo e a realidade operacional da Força Aérea.
Questionado pela agência Lusa no final da audição, José Pinheiro afirmou que entre as dificuldades mais conhecidas do ramo mantém-se a necessidade de horas de treino para formar mais pilotos e mais pilotos comandantes.
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"Uma Força Aérea para ser competente tem que voar, tem que treinar as suas pessoas, tem que treinar os pilotos e ter pilotos em qualidade e também alguma quantidade para conseguir absorver as contingências."
O CEMFA precisou que o que está previsto é "maior disponibilidade de helicópteros, logo maior disponibilidade de horas de voo, logo maior capacidade de resposta para treinar mais gente", visando ter uma "prontidão que permita voar mais".
Colmatada a falta de piloto-comandante no destacamento daquele ramo na Madeira, falta ainda garantir "a segunda tripulação nos Açores" o que acontecerá quando houver capacidade para qualificar mais dois comandantes, disse.
A saída de pilotos e a redução do número de comandantes da Força Aérea nos últimos anos afetou o destacamento em Porto Santo, que ficou, em 2014, sem o profissional que operava o helicóptero EH 101, "Merlin", utilizado nas missões de busca e salvamento.
Questionado sobre as expetativas quanto a um eventual reforço da capacidade de financiamento no Orçamento do Estado para 2016, José Pinheiro afirmou que o planeamento que apresentou aos deputados se baseia "no que existe e no que é previsível", sublinhando que a Força Aérea "precisava de um pouco mais".
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