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Marcelo Rebelo de Sousa não tem dúvidas. Com a demissão de Miguel Macedo do cargo de ministro da Administração Interna, Passos Coelho «tem nas próximas horas, ou nos próximos dias, nas suas mãos, o resultado das eleições do ano que vem», defendeu o professor, no seu comentário habitual no Jornal das 8 da TVI.
«Porque isto dá uma oportunidade única para a remodelação que tem vindo a adiar. Por ele, não fazia, para não ter de mexer no CDS, para não ser só o PSD, para não ter de mexer em pessoas com as quais trabalha. Mas pode escolher entre dois caminhos: um é tapar o buraco deixado por Miguel Macedo e segundo é aproveitar para fazer uma remodelação»
Uma solução que seria «uma pena», segundo Marcelo, porque os portugueses iam considerar que o Governo está a perder força:
«A leitura política que as pessoas fazem é que Governo se está a partir aos bocados. Embora toda a gente respeite a forma digna como Miguel Macedo saiu, dizem que sai um [ministro] depois sai outro e que há ministros fracos»
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«Na minha opinião devia aproveitar para mexer na Justiça, que será a última coisa que ele fará, mas devia aproveitar. Mas vai pensar que são só ministérios do PSD, que é uma maçada enorme e tal. É uma questão de ver se no CDS, retocando orgânica do Governo se poderão... Não sei é quais as pastas do CDS. Esse é que é o problema. Não estou a ver paulo portas a tirar os dele»
«Precisa de fôlego, de gente forte e com energia para o ano que vem, em várias pastas. Não vejo essa dinâmica e essa coordenação agpra. É escolher entre tentar ganhar já ou só daqui a quatro ou cinco anos», rematou.
Marcelo considera que Miguel Macedo «fez bem» em sair. «Não tinha outro caminho».
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