O líder do CDS-PP criticou o primeiro-ministro por fazer «anúncios aqui e ali» para resolver o problema do desemprego, quando a economia «não cresce» e a taxa de desempregados já ultrapassou os 10 por cento, informa a Lusa.
«O primeiro-ministro faz uns anúncios aqui e ali. Não digo que as medidas não possam ser positivas, mas o que é que nós vemos globalmente? Uma economia que não cresce, 500 novos desempregados por dia e passámos a marca terrível e infeliz dos 10 por cento», disse este sábado Paulo Portas.
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O líder dos democratas-cristãos, que falava aos jornalistas à entrada para um jantar com militantes em Beja, reagiu assim à intenção do Governo, anunciada este sábado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, de desenvolver, em colaboração com os municípios, um programa de dois mil estágios nas câmaras municipais para jovens licenciados desempregados.
«Não digo que esta ou aquela medida não seja boa», disse Paulo Portas, escusando-se a apreciar em concreto o projecto anunciado por José Sócrates. «As medidas [do Governo] podem ser pontualmente positivas, mas o que o país todo sente é que há qualquer coisa nesta política económica que não está a funcionar», frisou.
Segundo Paulo Portas, os «600 mil desempregados» e «um salário médio inferior a mil euros» são «sinais de alerta muito duros» que «deviam obrigar o Governo a repensar a sua política económica».
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