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Lisboa aprova salas de chuto

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As duas salas vão ficar na Quinta do Lavrado e no Bairro do Charquinho

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira a criação de duas salas de chuto na capital. A proposta do vereador da acção social, Sérgio Lipari, foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, PS e BE, abstenção do PCP e o voto contra do CDS/PP.

As duas salas de injecção assistida vão ser criadas na Quinta do Lavrado, na zona Oriental de Lisboa, e no Bairro do Charquinho, na zona ocidental, onde já funcionam Gabinetes de Apoio aos toxicodependentes.

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«Não queremos que estas salas sejam a antecâmara da morte de toxicodependentes», afirmou o vereador Sérgio Lipari, garantindo que esta «inovação» terá outras valências, que visam recuperar utentes.

Desta forma, para alem do consumo de drogas inaláveis ou injectáveis, os toxicodependentes terão ainda apoio médico, psicossocial, de higiene, alimentação e informação sobre o tratamento.

O vereador garantiu ainda que será criada uma bolsa de apartamentos de inserção e outra de emprego protegido, «porque há mais vida para além do tratamento».

Apesar da controvérsia que «a experiência» da instalação das salas de chuto pode trazer, Carmona Rodrigues não tem dúvidas e afirma que «está na altura de experimentar novas soluções» para o problema da toxicodependência.

A oposição, que acabou por viabilizar a medida, não deixou, no entanto, de expressar «reservas profundas» quanto à falta de articulação do plano com o instituto da droga e toxicodependência (IDT). Para o socialista Manuel Maria Carrilho, a iniciativa «vem tarde». O vereador questionou ainda por que não foi criada uma sala de chuto no Intendente.

Quanto ao popular Anacoreta Correia, afirmou que a «articulação com o poder central, que é essencial, não foi tão levada a sério quanto deveria ter sido».

A mesma reserva «de fundo» foi apresentada por Ruben de Carvalho, vereador eleito pelo PCP, que assinalou a falta de articulação com o IDT.

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