A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou este domingo, em Ponte de Lima, que o partido apresentará uma proposta para a "diminuição progressiva do IRC" de 21% para 19%, como forma de atrair investimento e criar emprego.
Aquilo em que continuaremos a trabalhar é para baixar progressivamente o IRC [Imposto sobre o Rendimento Coletivo] e, já neste Orçamento do Estado, à semelhança do que temos feito, o CDS, através do seu grupo parlamentar, apresentará a proposta para diminuir a taxa de 21% para 19 %", afirmou, durante o comício de apresentação dos candidatos ao concelho de Ponte de Lima (distrito de Viana do Castelo) nas autárquicas de 1 de outubro.
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Dessa medida, disse, "depende a criação de investimento, emprego, boas condições de trabalho que geram riqueza e que geram o desenvolvimento do país".
Apontando a Câmara de Ponte de Lima (CDS) como "inspiradora de uma boa gestão autárquica", a presidente do partido declarou que o Governo "precisa de dar o exemplo e dizer a todos que, em Portugal, vale a pena trabalhar, vale a pena os portugueses arriscarem o seu dinheiro em projetos empresariais, vale a pena os que estão fora olharem para o nosso país e também aqui querem investir".
Assunção Cristas acusou o PS de ter "quebrado" um acordo "do passado recente" que previa a redução progressiva do IRC.
Recordo-me de que, no passado, foi feito um acordo, um consenso com o PS para se diminuir progressivamente o IRC, porque era preciso para atrair investimento, criar emprego e para criar riqueza no nosso país; porque sem riqueza criada de forma sustentável é difícil socorrer todas as situações e distribuir essa mesma riqueza. Pois os socialistas, com António Costa, na primeira oportunidade quebraram este acordo”, afirmou.
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Insistindo na questão da greve na Autoeuropa, Assunção Cristas afirmou que o "Governo das esquerdas unidas devia ter feito mais para moderar" a situação na Autoeuropa, considerando que não é "um bom exemplo" para o investimento estrangeiro.
Sendo dois apoiantes do Governo [PCP e Bloco de Esquerda], dois parceiros do Governo das esquerdas unidas, certamente, que o PS deverá ser capaz de fazer mais para moderar aquilo que se está a passar na Autoeuropa que, de facto, não ajuda os trabalhadores, não ajuda a empresa e não ajuda a economia do nosso país. Não é um bom exemplo quando, hoje, se discute em toda a Europa para onde vai a fábrica da Tesla", afirmou a líder popular.
Assunção Cristas defendeu "paz social, capacidade de diálogo e vontade de resolver os problemas por via do diálogo" e adiantou ser "confrangedor ver que o caminho que vinha a ser feito de forma exemplar para a Autoeuropa, neste momento, está prejudicado".
Espero que, rapidamente, se possam retomar bases para encontrar soluções e que o PCP e o Bloco de Esquerda (BE) não deem este triste exemplo ao país", referiu.
Questionada pelos jornalistas sobre se o Governo deveria ter atuado antes da greve, Cristas disse que "o PS tem relações privilegiadas com o PCP e o BE, parceiros de governação do Governo das esquerdas unidas" e que a situação na Autoeuropa "é um exemplo onde se deve por em marcha as suas melhores capacidades de mediação e diálogo para ajudar a resolver a situação".
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