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Passos admite demitir-se se Constitucional chumbar cortes

Primeiro-ministro admitiu atirar a toalha ao chão junto do seu núcleo duro

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, reconheceu perante o seu «núcleo duro» que as dificuldades políticas decorrentes de um eventual chumbo pelo Tribunal Constitucional (TC) ao Orçamento do Estado (OE) deste ano podem forçá-lo a demitir-se, noticia o «Público».

Na reunião da última Comissão Permanente do Partido Social-Democrata (PSD), na terça-feira, Passos Coelho fez uma reflexão sobre o atual momento político, manifestando os seus receios sobre a incapacidade do Governo em encontrar alternativas às medidas que o TC vier, eventualmente, a vetar no Orçamento.

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Em causa estão a suspensão do subsídio de férias a trabalhadores e a aposentados, a contribuição extraordinária de solidariedade e a sobretaxa de 3,5% em sede de IRS, ou seja, as mesmas normas orçamentais que levaram o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e o Partido Socialista a solicitarem a fiscalização sucessiva do Orçamento, tal como fizeram o Bloco de Esquerda, o PCP, os Verdes e o provedor de Justiça, que manifestou dúvidas sobre a suspensão do pagamento do subsídio de férias a quem já não está no ativo.

Também o semanário «Sol» fala na possibilidade de uma demissão de Passos, dizendo que o primeiro-ministro falou em dois caminhos: um governo de salvação nacional ou eleições antecipadas.

Ao fim da manhã, Pedro Passos Coelho, que falava aos jornalistas em Paços de Ferreira, foi confrontado com a possibilidade de chumbo do TC.

«Não trabalho com base em cenários, não vou contribuir para criar um clima de instabilidade criando hipóteses», disse apenas.

Acusado pelo PS de estar a pressionar os juízes do Palácio Ratton, Passos reagiu assim: «Era o que faltava que um apelo à responsabilidade fosse considerado uma forma de pressão».

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