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Madeira: Jardim venceu sempre com maioria absoluta

A história das eleições regionais desde 1976

O PSD/Madeira, liderado por Alberto João Jardim, venceu todas as eleições regionais com maioria absoluta disputadas na região autónoma desde 1976, com percentagens que variaram entre os 65,33 (1980) e os 53,71 (2004), recorda a Lusa.

As primeiras eleições legislativas regionais no arquipélago aconteceram a 27 de Junho de 1976 e concorreram cinco forças políticas, para 41 lugares.

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O PPD conseguiu 63.393 votos (59,63 por cento) e criou um grupo parlamentar com 29 deputados, enquanto o PS ficou com oito e o CDS e a UDP elegeram dois cada. A abstenção situou-se nos 25,20 por cento.

Quatro anos mais tarde (1980), sete partidos apresentaram candidaturas e os 44 lugares disponíveis na Assembleia Regional voltaram a ser ocupados maioritariamente pelos sociais-democratas, que aumentaram a representação para 35 deputados (65,33 por cento dos votos).

O PS perdeu três e ficou com cinco, a UDP elegeu dois, o CDS caiu de dois para um e a APU (coligação liderada pelo PCP) conseguiu, pela primeira vez, eleger um. Nestas eleições, a abstenção fixou-se nos 19,15 por cento, a mais baixa de sempre.

Em 1984, com 50 lugares por preencher no parlamento insular, o PSD voltou a crescer, chegando aos 40 deputados e reunindo a preferência de 59,79 por cento do eleitorado.

Nesse ano, o PS ficou com seis (mais um), a UDP manteve o seu grupo (dois), o CDS repetiu a eleição de um deputado, tal como a APU. A abstenção situou-se nos 31,08 por cento.

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No sufrágio de 1988, o PSD não fugiu à regra de vencer eleições regionais e, com 62,36 por cento dos votos, repetiu mais uma vez a maioria absoluta, elegendo 41 deputados, entre 53 lugares. A abstenção foi de 32,35 por cento.

O PS conseguiu sete, a UDP subiu para três e o CDS para dois. Os comunistas, agora integrados na coligação CDU, falharam a eleição.

Nas legislativas seguintes (1992), 57 lugares em disputa, o PSD (56,86 por cento dos votos) perdeu um deputado, passou para 39, enquanto o PS (22,51 por cento) cresceu para 12. CDS e UDP ficaram com dois cada e o PCP (CDU) voltou a estar representada (um deputado), tal como o PSN, que conseguiu estrear-se no parlamento com um deputado. A abstenção situou-se nos 33,47 por cento.

Jardim somou mais uma maioria em 1996 (59 lugares no parlamento regional), com 56,87 por cento dos votos, elegeu 41 deputados, ficando o restante espaço na assembleia ocupado pelo PS (13), CDS e PCP, dois cada e UDP, um. A abstenção subiu para 34,74 por cento.

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Em 2000, com 61 lugares em disputa, o PSD repetiu a supremacia eleitoral com 56,87 por cento dos votos e 41 mandatos. Os socialistas ficaram com 13, o CDS subiu para três deputados, enquanto UDP e PCP dividiram igualmente entre si as restantes quatro cadeiras. A taxa de abstenção foi de 38,09.

Nas eleições de 2004, com 68 lugares em aberto (maior composição de sempre da Assembleia Regional, o PSD assegurou 44 deputados (53,71 por cento), com o PS a alcançar a maior representação de sempre, 19 assentos, CDS e PCP dois, e BE (que integrou a UDP), um. A abstenção foi de 39,53 por cento.

Em 2007, Jardim demitiu-se em protesto pelos cortes financeiros impostos à região pelo Governo de José Sócrates e provocou eleições antecipadas.

Com uma alteração a Lei Eleitoral regional, o parlamento madeirense ficou reduzido a 47 deputados. Mais uma vez o PSD de Jardim confirmou a maioria absoluta, 64,24 por cento dos votos e 33 eleitos. O PS ficou reduzido a sete representantes.

Os comunistas (CDU) e o CDS mantiveram dois deputados e o BE continuou a deter um lugar, enquanto MTP e PND se estrearam na Assembleia Regional também com um representante cada. A abstenção foi de 39,25 por cento.

No próximo dia 9 de Outubro, o PSD aposta em mais uma vitória, embora num contexto que o próprio Alberto João Jardim considera «mais complicado», devido à situação financeira na região, com uma dívida de 5,8 mil milhões de euros, já assumida pelo Governo regional.

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