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Passos Coelho recusa nova reunião com Partido Socialista

Presidente do PSD acusou o PS de não ter contribuído para uma solução estável de um futuro Governo

"Não vamos inverter esses papéis e eu não aceitarei que o país fique refém deste jogo que é um jogo político-partidário, que pode ser muito respeitável para o PS, mas não é um jogo que possa prosseguir com o meu apoio", afirmou o chefe do executivo. O chefe do executivo referiu que o PS poderá apresentar os seus contributos "em qualquer altura" e assegurou que a coligação deu "os passos que eram necessários e indispensáveis, com muita humildade, para procurar o apoio do PS", o que não aconteceu. Passos Coelho reforçou que estará "sempre disponível, aberto, para poder atingir qualquer compromisso" que dê aos portugueses garantia de que os próximos anos serão de crescimento e de retoma do emprego", mas rejeitando "virar o resultado das eleições do avesso".

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, negou, esta quarta-feira, que esteja planeada uma nova reunião com o Partido Socialista para alcançar um acordo, tendo em vista a formação do novo Governo.  O líder social-democrata acusou o PS de não ter contribuído para uma solução estável de um futuro Executivo.

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O primeiro-ministro falou aos jornalistas no final de um encontro com os parceiros sociais no âmbito do Conselho Europeu que 15 de outubro, em Bruxelas e rejeitou a inversão de papéis. Disse ainda que não tenciona ter "mais nenhuma reunião com o PS", salientando que já existiram "duas".

O primeiro-ministro defendeu que não vai governar com o programa do PS e recusou sujeitar o país a uma "chantagem política", uma vez que foi a coligação quem venceu as eleições.  

"Eu não vou governar com o programa do PS e não vou com certeza sujeitar o país a uma espécie de chantagem política em que quem perdeu impõe a quem ganhou as condições para dizer o que é que o PS acha importante para dar o seu contributo à estabilidade"

Passos Coelho disse ter chegado a altura de "pôr um ponto final naquilo que o país tem vindo, atónito, a conhecer em praticamente uma semana".  

"Eu já tive duas reuniões com o PS e não tenciono ter mais nenhuma reunião com o PS para fazer de conta ou simular que estamos a procurar um resultado que até hoje não teve qualquer significado porque o PS não deu nenhum contributo para que esse resultado fosse alcançado"

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"Nós dissemos com muita clareza: não tivemos a maioria absoluta no parlamento e portanto não podemos governar só com o nosso programa. Estamos disponíveis para fazer concessões, mas é preciso saber o que é que o PS quer para poder dar aos portugueses condições de estabilidade"

O encontro que decorreu na terça-feira em São Bento, entre a coligação PSD/CDS-PP e o PS, terminou de forma inconclusiva, tendo Passos Coelho dito na altura que não se verificaram quaisquer avanços.

O encontro com o PS terminou "de forma absolutamente inconclusiva", não se avançou "rigorosamente nada" na discussão da "proposta concreta" que PSD e CDS-PP fizeram chegar ao PS na segunda-feira, e cabe agora aos socialistas apresentarem "uma contraproposta", disse então Passos Coelho.

Já o secretário-geral do PS, António Costa, afirmou por seu turno que há condições para pôr fim a " um muro" que separa socialistas e comunistas desde 1975 e que está empenhado no trabalho para a criação de um Governo alternativo em Portugal.

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