O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), defendeu esta segunda-feira que, nas eleições legislativas de domingo, se virou "uma página", abrindo-se "um novo ciclo político no país", com os portugueses a exigirem compromisso dos governantes.
"Ontem [domingo] virou-se uma página e abriu-se um novo ciclo político do país. É isso que representa cada eleição, a formação da esperança e a afirmação da vontade do povo no caminho que pretende seguir", disse Fernando Medina.
Para o autarca socialista, "os portugueses escolheram um país comprometido com a Europa, votaram numa inversão na política económica e exigem uma verdadeira cultura do compromisso político", frisou.
PUB
Fernando Medina considerou que, “sobre a Europa e a moeda única, a base do compromisso tem de assentar no reconhecimento de que a pertença ao euro traz consigo um conjunto de constrangimentos que nenhuma governação pode ignorar."
Além disso, apontou a “urgência de construir um novo consenso que defenda o interesse nacional no quadro de uma moeda única que hoje não é o motor de convergência económica e social."
“Assegurar as políticas e os instrumentos que promovam a convergência económica e social de Portugal com os países mais avançados da Europa deve ser, de novo, o pilar do consenso nacional sobre a participação de Portugal no projeto europeu”, sustentou.
Para Fernando Medina, “este é o tempo dos partidos que têm agora de dar resposta às mensagens que os portugueses lhes impuseram: conciliar a pertença à Europa e à moeda única, com a mudança nas políticas económicas e sociais e num quadro de negociação pluripartidária."
“Não é um exercício fácil, mas são estas as escolhas soberanas dos portugueses e nenhum partido tem o direito de deixar o país refém da instabilidade e da sucessão de crises políticas”, adiantou, referindo que “negociação, compromisso e estabilidade são as exigências que todos têm pela frente, em particular aqueles que assumirão as responsabilidades diretas da governação do país”.
PUB
Pelas 11:45, foi hasteada a bandeira ao som do hino nacional tocado pela banda da GNR. Na varanda dos Paços do Concelho, estiveram a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, o vice-presidente do município, Duarte Cordeiro, e vereadores do executivo municipal.
No final, dezenas de populares aplaudiram, assim como vários moradores que estavam nas janelas e varandas a assistir.
Na cerimónia, não estiveram presentes nem o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, nem o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Também António Costa, líder do PS, não marcou presença na cerimónia.
Na quinta-feira, fonte oficial de Belém justificou à Lusa a ausência com a necessidade de Cavaco Silva "se concentrar na reflexão sobre as decisões que terá de tomar" nos dias seguintes, numa referência ao pós-eleições.
Desde que o dia da Implantação da República deixou de ser feriado, este será o primeiro ano que se irá comemorar num dia útil e será no dia seguinte às eleições legislativas.
PUB
“Há 105 anos, nesta varanda da Câmara Municipal de Lisboa, foi proclamada a República Portuguesa. Celebrar hoje essa data não é um olhar sobre o passado, é uma afirmação sobre o futuro que queremos ser”, disse Fernando Medina.
O responsável frisou que, com a implantação da República, se afirmaram valores como a liberdade, a igualdade e a fraternidade, proclamando-se, ao mesmo tempo, “causas como a educação, a saúde pública, os direitos das mulheres, o sufrágio universal ou o municipalismo."
Fernando Medina destacou que estes “sucessos e progressos da democracia têm muitos rostos”, como é o caso dos ex-Presidentes da República Mário Soares e Jorge Sampaio.
Na cerimónia, não estiveram presentes nem o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, nem o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Também António Costa, líder do PS, não marcou presença na cerimónia.
Na quinta-feira, fonte oficial de Belém justificou à Lusa a ausência com a necessidade de Cavaco Silva "se concentrar na reflexão sobre as decisões que terá de tomar" nos dias seguintes, numa referência ao pós-eleições.
PUB