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A declaração de Cavaco Silva (segunda parte)

Presidente da República falou sobre a polémica das escutas. Leia na íntegra.

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«A primeira interrogação que fiz a mim próprio quando tive conhecimento da publicação do e-mail foi a seguinte: Porque é que é publicado agora, a uma semana do acto eleitoral, quando já passaram 17 meses?

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Liguei imediatamente a publicação do e-mail aos objectivos visados pelas declarações produzidas em meados de Agosto. E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da Casa Civil do Presidente , ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas, mas o e-mail publicado deixava dúvida na opinião pública sobre se teria sido violada uma regra básica que funciona na Presidência da República.

Ninguém está autorizado a falar em nome do Presidente da República, a não ser os seus chefes da Casa Civil e Militar. E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, eu não podia deixar que a dúvida permanecesse. Foi por isso, e só por isso, que procedi a alterações na minha Casa Civil.

A segunda interrogação que a publicação do referido e-mail me suscitou foi a seguinte: será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails? Estará a informação confidencial contida nos computadores da Presidência da República suficientemente protegida? Foi para esclarecer esta questão que hoje, precisamente hoje, que ouvi várias entidades com responsabilidade na área da segurança.

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Fiquei a saber que existem vulnerabilidades e pedi que se estudasse a forma de as reduzir.

O Presidente da República tem, às vezes, de enfrentar problemas bem difíceis. Assistir a graves manipulações, mas tem de ser capaz de resistir, em nome do que considera ser o superior interesse nacional. Mesmo que isso lhe possa causar custos pessoais. Para mim Portugal está primeiro.

O Presidente da República não cede a pressões, nem se deixa condicionar seja por quem for. Foi por isso que entendi dever manter-me em silêncio durante a campanha eleitoral. Agora, passada a disputa eleitoral, e porque considero que foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência, espero que os portugueses compreendam que fui forçado, fui forçado a fazer algo que não costumo fazer: partilhar convosco, em público, a interpretação que fiz sobre um assunto que inundou a comunicação social durante vários dias sem que alguma vez, sem que alguma vez a ele me tenha referido directa ou indirectamente.»

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