Narciso Miranda reuniu mais de 300 apoiantes num jantar para lhes garantir uma posição forte em relação ao Governo «de Lisboa».
«Comigo o Governo que se cuide, seja qual for o primeiro-ministro. Comigo pia fino, porque não baixo a voz a Lisboa e não me deixo funcionalizar», disse.
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O candidato independente lembrou que durante os 26 anos em que comandou os destinos daquela autarquia, os membros do Governo apenas visitavam Matosinhos «quando traziam alguma coisa».
«Não há nenhum ministro, secretário de estado e nenhum Governo que possa alegar que eu me deixava funcionalizar no exercício das minhas funções. Todos eles ouviam as minhas reivindicações e sabiam que se queriam vir tinham de trazer alguma coisa», salientou.
O candidato contou com os discursos de vários apoiantes ao seu movimento «Matosinhos Sempre», entre os quais constam militantes do PSD (Celestino Moreira e Rui Ferreira ¿ ex-autarcas em Matosinhos), CDS (Tomé Fernandes) e PCP (Jorge Carvalho ¿ último preso político a ser libertado após o 25 de Abril).
Aproveitando o apoio dado, Narciso Miranda apelou ao voto de «comunistas, democratas cristãos e sociais-democratas», pedindo que «votem no partido a 27 de Setembro (legislativas), mas que 15 dias depois votem no coração», o símbolo da sua candidatura.
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