O cabeça de lista do PS às europeias, Francisco Assis, acusou este domingo o Governo de ser «ideologicamente extremista e funcionalmente incompetente» e de estar a colocar em causa alguns avanços históricos conquistados pelos portugueses.
«Este governo extremista, ideologicamente extremista e funcionalmente incompetente - o que é, aliás, uma das misturas mais perigosas que se podem imaginar que é o extremismo ideológico e a incompetência funcional -, este Governo que tem estas características está a pôr em causa avanços historicamente conseguidos na sociedade portuguesa», afirmou Francisco Assis, durante a cerimónia de apresentação dos candidatos socialistas às eleições de 25 de maio.
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Sétimo na lista, Pedro Silva Pereira, alinhou nas críticas aos sociais-democratas, respondendo às críticas do cabeça de lista da coligação «Aliança Portugal» de que a lista do PS reconcilia o partido com «despesismo»: «Creio que o doutor Paulo Rangel está muito perturbado, ele quer desviar as atenções do facto de ser nestas eleições o candidato do Governo, que é o candidato responsável por uma política de empobrecimento e julga que com as acusações os portugueses se distraem.»
«É preciso parar com esta austeridade patológica», tinha defendido momentos antes o cabeça de lista do PS às europeias, que na sua intervenção dedicou parte do discurso aos alertas sobre a importância das eleições de 25 de maio.
Corroborando aliás o que antes tinha dito o secretário-geral socialista, Francisco Assis recusou a existência de fronteiras entre «política interna e política europeia», porque «o que se passa na Europa tem imediata repercussão em Portugal».
Nesse sentido, continuou, a primeira rutura a fazer é «abandonar uma postura de subserviência acrítica e assumir uma postura de exigência responsável».
Francisco Assis, que disse estar «absolutamente convicto que o PS vai ganhar claramente» as eleições europeias, deixou ainda promessas para as 8 semanas que faltam para os portugueses irem às urnas, assegurando que para os socialistas não existirão «temas tabus» e tudo será discutido.
«Agora não contem connosco para a pequena quezília inútil e para o pequeno confronto estéril», assegurou, avisando que o PS não irá reagir «às pequenas provocações».
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