António Capucho é demolidor nas críticas ao Governo de José Sócrates. Em entrevista ao «Diário Económico», o conselheiro de Estado considera que o PSD deve «inviabilizar» a moção de censura do Bloco de Esquerda, mas continuar atento à execução orçamental.
«O PSD não deve associar-se ao Bloco de Esquerda e a moção de censura não é a única maneira de provocar eleições antecipadas», frisou, comentando a hipótese de os sociais-democratas avançarem com a sua própria iniciativa:
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«Devemos aguardar por dados mais seguros sobre a execução orçamental. Se a situação politica não melhorar, as provocações do primeiro-ministro ao Presidente da República não se atenuarem, se a desgovernação continuar, é perfeitamente normal o PSD apresentar uma moção de censura».
Para Capucho, «o Governo está moribundo» e, apesar de considerar ser «preferível deixar o Governo apodrecer», também não se pode deixar «apodrecer o país»?
Para o futuro, vê alternativas no PSD e até no CDS-PP, mas considera que os partidos devem ir a eleições «sozinhos». «Só podem existir maiorias absolutas coerentes com um partido ou entre o PSD e o CDS», refere, elogiando um «conjunto de pessoas que Paulo Portas tem à sua volta», como «Assunção Cristas, Cecília Meireles ou Mariana Ribeiro Ferreira».
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