São conhecidas as fortes divergências entre Paulo Portas e Jaime Silva. Esta manhã reencontraram-se no Parlamento precisamente por indicação do CDS-PP, que requereu um debate de urgência sobre os apoios da União Europeia para o sector agrícola português.
O líder centristas usou da palavra e foi muito duro nas acusações: «O CDS considera que não há memória de um ministro da Agricultura tão incompetente. Enquanto o primeiro-ministro anuncia planos anti-crise para injectar dinheiro na economia, o Ministério da Agricultura, em virtude da política do seu titular, especializou-se em desperdiçar fundos comunitários, atrasar a aplicação de fundos comunitários, não usar e até perder fundos que eram destinados a Portugal e deixaram de poder ser utilizados».
PUB
O ministro da Agricultura tentou responder com números. «Em 2008, chegou à agricultura portuguesa 1481 milhões de euros. Foi o ano, de sempre, em que mais dinheiro chegou à agricultura portuguesa. Se juntarmos os 18 milhões que chegaram às pescas estamos 1500 milhões», frisou, tendo resposta imediata de Paulo Portas:
«Num total de 1269 milhões à disposição da Agricultura portuguesa nos ano 2007 e 2008 atrasou, adiou, não foi capaz de utilizar cerca de mais de 800 milhões. Senhor ministro, não é aceitável numa situação económica que estamos a viver, o ministério da Agricultura em vez de ser factor de investimento, modernização e competitividade da agricultura se torne num facto de burocratização das candidaturas, de atraso nas publicações, de incapacidade de tomar decisões».
Na opinião de Jaime Silva, porém, «a solução é a competitividade, é o investimento e não é subsidiodependência.»
PUB