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«O país tem que saber que não há sacos azuis nas empresas públicas»

Louçã diz que é o Governo e, «em particular, o primeiro-ministro» que devem prestar esses esclarecimentos

O coordenador do Bloco de Esquerda (BE) defendeu este sábado, no Porto, que «o país tem que ter a certeza de que não há sacos azuis nas empresas públicas, que possam servir para contabilidades paralelas».

Francisco Louçã, que falava num debate sobre a presença do BE na Internet e redes sociais, sustentou que é o Governo e, «em particular, o primeiro-ministro» que devem prestar esses esclarecimentos, porque «tudo tem que ficar claro».

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Numa intervenção em que a Justiça ocupou um lugar destacado, o dirigente bloquista acrescentou que «o país tem que ter a certeza de que não há, não houve, não terá havido e não pode haver pressões para que, em nome de interesses particulares, se escolhem ou se afastem dirigentes de empresas públicas, como o caso da Refer».

Louçã anunciou depois que «dentro de duas semanas será discutido na Assembleia da República um pacote de medidas pelas quais o Bloco de Esquerda sempre se tem batido», em prol do «combate pela transparência, contra a corrupção», em Portugal, um país que Louçã considera ser um «semi-paraíso fiscal».

O BE é de opinião que «todos os casos judiciais demonstram categoricamente que nós vivemos uma crise gravíssima na Justiça, porque esta não tem meios para investigar, não tem recursos para combater o crime mais complexo e porque não há segredo de Justiça quando era necessário para fazer uma investigação competente».

Louçã completou o seu diagnóstico sobre a Justiça portuguesa referindo ainda que, «aparentemente, não há hierarquia e não há capacidade de decisão dos agentes judiciários que representam o Estado».

Por fim, concluiu, «muitas vezes, os maiores representantes do Estado na Justiça não se entendem eles próprios sobre a interpretação e a aplicação da lei».

O problema é que esta crise, segundo Louçã, lança «cortinas de fumo sobre o que deve ser e falta na actuação da Justiça», em particular, como sublinhou, no combate contra a corrupção.

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