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«O PS não perdoa a Manuel Alegre»

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Correia de Campos diz que o histórico socialista cometeu demasiados erros e defende Jaime Gama como melhor candidato presidencial para a esquerda

Manuel Alegre cometeu um «erro gravíssimo» e dificilmente será apoiado pelo Partido Socialista (PS) nas eleições presidenciais de 2011. É esta a convicção de Correia de Campos. O ex-ministro da Saúde e eurodeputado socialista acredita que o novo Governo vai durar quatro anos, a gerir as reformas que herdou do Executivo de que fez parte, e interpelado por uma oposição que já interiorizou a derrota eleitoral e que vai mudar de comportamento. Um Governo mais partidarizado do que o anterior, com nervo político, e não dependente de Manuel Alegre quando chegar a altura das presidenciais.

Em entrevista ao semanário «Sol», Correia de Campos diz que Manuel Alegre está «refém» do partido. «Ele depende muito mais do PS do que o contrário. Alegre cometeu um erro gravíssimo, que lhe vai custar muito caro», defende.

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O «erro gravíssimo» a que o ex-ministro da Saúde se refere é o de Manuel Alegre não ter entrado na campanha eleitoral e de ter recusado um lugar de deputado. Correia de Campos diz que o histórico socialista cometeu «erros infantis uns atrás dos outros e os socialistas não lhe perdoam».

Em concreto: Alegre apenas apareceu num comício em Coimbra e não esteve naquele «acto simbólico e fundamental para qualquer campanha que é a descida do Chiado. Isso também foi gravíssimo». Mas há mais: «E, finalmente, bastava ele [Alegre] ter dito a Sócrates que queria ir ao comício final para ser recebido de braços abertos com entusiasmo. Mas nem sequer fez isso».

Correia de Campos diz que aqueles são «erros» que os socialistas «não perdoam». «É uma situação inaceitável. Um tipo com o prestígio dele [Manuel Alegre], depois de tudo o que disse, chega ao momento de apoiar a continuidade do PS no poder e ele recusa tudo», justifica.

O ex-ministro realça também que, logo a seguir às eleições, Manuel Alegre mudou radicalmente de comportamento: apressou-se a apoiar António Costa, esteve no Chiado com o candidato socialista à Câmara de Lisboa. «Acho que deve estar muito arrependido. Muito arrependido!», vaticina.

Por tudo isso, Correia de Campos acha difícil que os socialistas dêem apoio a Alegre, até porque o partido tem alternativas. «As probabilidades de ele não ter o apoio do PS são muito grandes. Não vejo que haja ambiente interno para o apoiar - e sobretudo se houver uma alternativa», sublinha.

Para o ex-ministro da Saúde, o actual presidente da Assembleia da República é uma grande possibilidade. «O país precisa de soluções sólidas, que dêem confiança às pessoas. E Jaime Gama dá essa confiança às pessoas», remata.

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