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«Pior que um rottweiler à solta»? Ana Gomes não comenta

A eurodeputada do PS, Ana Gomes não quis comentar críticas mordazes de socialistas que constam num telegrama da WikiLeaks

A eurodeputada socialista Ana Gomes não quis hoje comentar uma das críticas que lhe terá sido feita pelo assessor diplomático do primeiro-ministro, «Uma senhora muito excitada, pior que um rottweiler à solta». A frase é atribuída a Jorge Roza Oliveira, assessor diplomático do primeiro-ministro José Sócrates e foi avançada pelo jornal espanhol «El País», com base nos telegramas trocados entre o embaixador norte-americano, em Lisboa, e Washington.

O telegrama no qual são feitas estas referências data de Janeiro de 2007 e, estas, terão sido proferidas num encontro entre Jorge Roza Oliveira e o embaixador Alfred Hoffman, no qual, o tema dos voos da CIA foi discutido.

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Em declarações à Agência Lusa, Ana Gomes escusou-se a comentar as críticas que lhe terão sido tecidas por figuras do PS devido aos voos da CIA, alegando não querer «perturbar» as jornadas parlamentares do partido, nas quais participará.

Um telegrama de Janeiro de 2007 dá conta de uma reunião na embaixada dos EUA com os dirigentes socialistas José Lello e Paulo Pisco, que terão criticado Ana Gomes, e um outro, do mesmo mês, dá conta de alegadas críticas ainda mais duras tecidas por Jorge Roza de Oliveira, então assessor diplomático do primeiro-ministro.

Em declarações à Lusa, o ex-assessor diplomático do primeiro-ministro Jorge Roza de Oliveira negou ter admitido em 2007 junto do embaixador dos Estados Unidos em Portugal que voos norte-americanos com prisioneiros de Guantánamo tenham sobrevoado o espaço aéreo nacional e afirmou que as frases que lhe são atribuídas sobre a eurodeputada Ana Gomes podem ter uma «transcrição imprecisa». «Posso ter dito antes que a diferença entre um rottweiler e a eurodeputada Ana Gomes é que o rottweiler larga», afirmou.

Em declarações à Agência Lusa, desde Estrasburgo, Ana Gomes limitou-se a dizer que não quer, «por ora», fazer qualquer comentário ao teor dos telegramas agora divulgados, já que, a partir de hoje à noite, participará nas jornadas parlamentares do PS que decorrem durante três dias no Porto, e não quer «que nada as perturbe».

A eurodeputada, cuja participação sobre voos da CIA com passagem por Portugal levou à abertura de um inquérito pelo Ministério Público, em 2007, entretanto arquivado, adiantou todavia que, «a seu tempo», comentará as revelações agora surgidas.

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